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França

Processo dos ataques de 13 de Novembro: Salah Abdeslam é ouvido

Depois de várias semanas a ouvir os testemunhos de sobreviventes e de familiares das vítimas dos atentatos terroristas de 13 de Novembro de 2015 aqui em Paris, começaram hoje as audiências dos acusados, em primeiro lugar de Salah Abdeslam, único sobrevivente dos comandos que conduziram os ataques que custaram a vida de 130 pessoas, no Estádio de França, na sala de concertos "Bataclan" e no 11° bairro de Paris.

Salah Abdeslam, único sobrevivente dos comandos do dia 13 de Novembro de 2015.
Salah Abdeslam, único sobrevivente dos comandos do dia 13 de Novembro de 2015. AFP - DSK
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Durante quatro dias, o tribunal especial de Paris está a ouvir os 14 acusados presentes, seis outros, entre os quais 5 presumivelmente mortos, sendo julgados à revelia. Durante estas primeiras audiências, deveriam sera analizados os respectivos percursos de vida dos acusados antes dos ataques, sem incidir sobre o aspecto religioso das suas trajectórias, um ponto a ser visto ulteriormente.

Tal é o caso de Salah Abdeslam, único sobrevivente dos comandos do dia 13 de Novembro, que é o primeiro a ser ouvido hoje e que é suposto prestar um depoimento mais detalhado a partir do próximo mês de Janeiro.

Detido desde 2016, depois de 4 meses a monte, este jovem cidadão franco-marroquino de 32 anos até então conhecido por pequenos delitos, tem-se mantido relativamente silencioso sobre o sucedido. 

Principal acusado neste caso, ele é suspeito de ter participado activamente nos preparativos dos ataques, nomeadamente no recrutamento de jihadistas, aquisição de explosivos, arrendamento de esconderijos e aluguer de veículos. 

Na noite dos ataques, depois de ter deixado alguns dos assaltantes junto do Estádio de França, nas imediações de Paris, Abdeslam que também estava prestes a participar nas acções, acabou por abandonar o seu cinto de explosivos por motivos que ainda nao chegou a explicar.

Durante estes anos que poderiam ser os primeiros de uma reclusão vitalícia, aquele que se apresentou logo na abertura do processo como um "combatente do grupo Estado Islâmico", não se expressou muito a não ser para se queixar das suas condições de detenção, no isolamento total. Unica excepção à regra, numa muito breve declaração, no passado dia 15 de Setembro, Abdeslam apenas disse que os jihadistas "visaram a França e civis, mas que não havia nada pessoal" e que o antigo Presidente francês "François Hollande conhecia os riscos que corria ao atacar o grupo Estado Islâmico na Síria".

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