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#Atentado

França: Suspeito de ataque a escola ligado ao autoproclamado Estado Islâmico

O suspeito de ter apunhalado até à morte um professor numa escola francesa, a 13 de Outubro, vai ser ouvido, esta terça-feira, por um juiz especializado em terrorismo, assim como um irmão e um primo. O Procurador Nacional Antiterrorismo, Jean-François Ricard, confirmou que o suspeito tinha jurado lealdade ao autoproclamado Estado Islâmico. Hoje, o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse que “não houve falha nos serviços” de segurança. 

Liceu Gambetta, Arras. 16 de Outubro de 2023.
Liceu Gambetta, Arras. 16 de Outubro de 2023. AFP - DENIS CHARLET
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Em conferência de imprensa, esta terça-feira, o Procurador Nacional Antiterrorismo, Jean-François Ricard, confirmou que o suspeito do ataque contra uma escola, na sexta-feira, tinha jurado lealdade ao autoproclamado Estado Islâmico. O procurador também confirmou que o suspeito, assim como o seu irmão mais novo e um primo vão ser hoje ouvidos por um juiz especializado em terrorismo.

A agência de notícias France Presse noticiou hoje que, antes do atentado, Mohammed Mogouchkov teria publicado online um vídeo a reivindicar o ataque em nome do autoproclamado Estado Islâmico.

O jovem de 20 anos, de nacionalidade russa e oriundo da Inguchétia, no norte do Cáucaso, estava sinalizado pelas autoridades por radicalismo. De acordo com o ministro do Interior, Gérald Darmanin, Mohammed Mogouchkov estava a ser vigiado pelos serviços de segurança “desde o fim do mês de Julho”. Fonte ouvida pela France Presse contou que ele foi controlado na véspera do ataque sem que “nenhuma infracção” tenha sido detectada.

Hoje, o Presidente francês disse que “não houve falha nos serviços” de segurança nem do ministério do Interior. Emmanuel Macron também declarou que “há um regresso do terrorismo islamita” e que “todos os Estados europeus estão vulneráveis”, depois de Bruxelas ter sido, ontem, palco de um ataque de alguém que publicou um vídeo online a dizer tê-lo feito em nome do autoproclamado Estado Islâmico.

Na sexta-feira, 13 de Outubro, armado com uma faca, o suspeito foi ao antigo liceu e apunhalou até à morte um antigo professor, Dominique Bernard, de 57 anos, tendo também ferido três outras pessoas antes de ser neutralizado pela polícia. O ataque aconteceu três anos depois da morte de outro professor, Samuel Paty, por este ter mostrado caricaturas do profeta Maomé aos seus alunos. Na segunda-feira, onze pessoas estavam detidas para interrogatório em ligação com o ataque em Arras, mas três já não estão sob custódia policial.

Entretanto, o governo subiu o alerta terrorismo para o nível mais elevado. No sábado, o museu do Louvre e o Palácio de Versalhes foram encerrados perante ameaças e hoje o Palácio de Versalhes voltou a ser evacuado.

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