Operador francês é julgado por rombo do século
O Tribunal Correcional de Paris inicia nesta terça-feira o julgamento do operador de mercado Jerôme Kerviel, ex-funcionario do banco francês Société Génerale. Ele é acusado de provocar um rombo de 4,9 bilhões de euros aos cofres da instituição (cerca de 11bilhões de reais), realizando operações financeiras ilegais. O caso, que veio à tona em janeiro de 2008, provocou a demissão do presidente do banco, Daniel Bouton.
Publicado a: Modificado a:
O processo de Jerôme Kerviel já é apontado como símbolo da falta de regras e de transparência do setor financeiro que provocou a crise mundial. O operador francês é suspeito de ter realizado a maior fraude da história. Suas operações exorbitantes e superiores aos limites autorizados, deram um prejuízo de quase 5 bilhões de euros ao banco Société Générale. A fraude foi descoberta em janeiro de 2008 e o operador chegou a ficar preso durante pouco mais de um mês, mas foi libertado e colocado sob vigilância judiciária.
Kerviel agiu sozinho, como acusa o banco, ou contou com a conivência da direção da instituição, satisfeita com as operações irregulares enquanto elas davam lucro, como sustenta os advogados do operador? Estas são as teses opostas defendidas no processo que começa nesta terça-feira e vai durar quase um mês. O julgamento deve determinar os motivos que levaram o jovem operador, que não enriqueceu com as operações, a cometer a fraude.
Jerôme Kerviel, hoje com 33 anos, é acusado de abuso de confiança, falsificação de documentos e pirataria do sistema informático do banco. Ele pode ser condenado a até 5 anos de prisão e uma multa de 375 mil euros, cerca de 837 mil reais.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro