Acesso ao principal conteúdo
França/Imigração

Sarkozy quer reduzir o número de imigrantes legais na França

O presidente francês estima que a redução do número de imigrantes legais no país poderia ser uma resposta ao aumento do desemprego na França. A declaração faz parte de uma entrevista que será publicada na edição desta quarta-feira da revista L’Express.

Presidente Nicolas Sarkozy fala de imigração legal em entrevista à revista L'Express.
Presidente Nicolas Sarkozy fala de imigração legal em entrevista à revista L'Express. www.lexpress.fr
Publicidade

Nicolas Sarkozy disse que estudar a possível redução da imigração legal no país para combater o desemprego seria uma questão de bom senso. “Com as dificuldades para criar empregos para todos os cidadãos franceses e um índice de desemprego de 23% entre os estrangeiros não-europeus, nós devemos nos questionar sobre a imigração legal”, declarou o presidente.

O chefe de Estado lembrou que a população ativa francesa registra um crescimento de 110 mil pessoas por ano, o que torna ainda mais difícil a luta contra o desemprego. “Eu não diria a mesma coisa se dirigisse um país como a Alemanha, que perde a cada ano 100 mil ativos”, analisou Sarkozy.

O presidente francês sempre defendeu a chamada imigração seletiva, que leva em conta as qualificação profissional e a formação dos candidatos aos vistos de trabalho no país. No entanto, Sarkozy atenuou seu discurso na entrevista, explicando que o país deve adaptar a imigração econômica à sua realidade. Para isso, ele espera que “a formação profissional (francesa) responda às necessidades da economia”.

A polêmica sobre as taxas de imigração legal na França foi lançada no mês de abril pelo ministro francês do Interior, Claude Guéant, ao anunciar, pela primeira vez desde a eleição de Sarkozy para a presidência em 2007, que o governo pretendia diminuir o número de pessoas que trabalham legalmente no país. Atualmente, 200 mil migrantes são admitidos por ano para trabalhar na França. Segundo o ministro, esse número poderia cair para 180 mil.

Na época, as declarações de Guéant não foram bem recebidas pelos sindicatos do patronato, que reconhecem a necessidade de imigrantes regularizados no mercado de trabalho. A própria ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, também discordou do ministro do Interior e lembrou que no futuro a França vai precisar de mão de obra, inclusive aquela proveniente da imigração legal.

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.