França reduz lista de profissões abertas a não-europeus
O governo francês reduziu pela metade a lista de profissões abertas aos estrangeiros vindos de fora da União Europeia. A classificação criada em 2008, que incluía 30 famílias de profissões, foi restringida apenas aos empregos mais específicos e mais qualificados e transmitida aos sindicatos.
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De acordo com as autoridades, o corte visa atender demandas significativas de mão de obra e limita a 15 atividades profissionais as autorizações de trabalho. Mas nada garante que elas sejam integralmente contempladas. Os prefeitos terão o poder de decidir diretamente sobre os vistos de trabalho, podendo limitá-los a apenas uma das profissões listadas, de acordo com seus interesses locais.
Os setores mais atingidos com as limitações são a construção civil e a informática, embora a autorização vá continuar a ser concedida aos engenheiros de sistemas.
Em abril, o ministro francês do interior, Claude Guéant, anunciou que seria preciso reduzir a imigração legal ligada ao trabalho. Para a França, a prioridade é formar os desempregados para ocuparem os postos vagos, ao invés de importar novos trabalhadores. Os sindicatos, como a CFDT, Confederação Francesa Democrática do Trabalho, ouvida pelo jornal francês Les Echos, denunciam a medida como nacionalista.
Em 2010, foram concedidos 20 mil vistos de trabalho no país, 80% destinados a pessoas que já residiam no território. A lista deve ser revista novamente em agosto de 2013.
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