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Eleições Francesas

A dez dias do 1º turno, candidatos à presidência defendem propostas na TV francesa

Mais cinco candidatos à eleição presidencial francesa participam na noite desta quinta-feira do programa Palavras e Atos, no canal de televisão público France 2. Durante 20 minutos, serão interrogados pelos jornalistas o presidente-candidato Nicolas Sarkozy, do partido de direita UMP, o centrista François Bayrou, do Modem, o representante da extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon, da Frente de Esquerda, Nathalie Arthaud, do partido Luta Operária, e Jacques Cheminade, do Solidariedade e Progresso.

Cinco candidatos às eleições presidenciais foram recebidos nesta quarta-feira no canal France 2, para debates individuais com jornalistas.
Cinco candidatos às eleições presidenciais foram recebidos nesta quarta-feira no canal France 2, para debates individuais com jornalistas. Reuters
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A dez dias do primeiro turno, o socialista François Hollande, com 27% das intenções de voto, venceria o presidente-candidato no segundo pleito com 55% da aprovação do eleitorado, de acordo com uma pesquisa realizada essa semana pela France Télévisions, Radio France e o jornal Le Monde.

O modelo do programa não permite o debate entre os candidatos, que no país é tradicionalmente reservado ao segundo turno. A primeira parte do Palavras e Atos, que foi ao ar na quarta-feira,  recebeu os outros cinco candidatos à corrida presidencial. Hollande quis mostrar que é coerente e que não faz uma proposta por dia, como seu principal adversário Nicolas Sarkozy. Sobre a crise econômica que assola a Europa, ele garante que não dará espaço aos mercados financeiros, caso seja eleito.

Já a líder da Frente Nacional, partido de extrema-direita, Marine Le Pen, reforçou os temas centrais de seu programa, -- imigração zero e a saída da França da zona do euro -- como os centros de gravidade da campanha.

A ecologista e ex- juíza Eva Joly falou da dificuldade da corrida presidencial para candidatos menores e atacou Sarkozy dizendo que ele deveria se explicar sobre os dois casos de financiamento ilegal de campanha investigados pela justiça francesa: o dossiê envolvendo a herdeira do grupo L'Oréal Liliane Bettencourt e o do atentado de Karachi, no Paquistão, em 2002.

A candidata do Europa Ecologia diz representar a esquerda "razoável", espremida entre uma esquerda mole, que não promete nada, e uma esquerda louca que promete tudo, fazendo referência aos adversários Hollande e Mélenchon.

Já os dois candidatos que têm menos de 2% das intenções de voto, Dupont-Aignan e Philippe Poutou, tentaram aproveitar o espaço em horário nobre. Poutou, do Novo Partido Anticapitalista, quis passar a mensagem de que traz  ideias novas para contestar o sistema. Já Dupont-Aignan menosprezou os resultados das pesquisas apostando que os franceses ainda não fizeram sua escolha.

A televisão continua sendo o principal veículo de informação para 74% dos eleitores, bem à frente da internet com 40%, de acordo com o Conselho Superior do Audiovisual francês.
 

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