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França/Política

Nicolas Sarkozy preside última reunião ministerial

A reunião ministerial de hoje é também o último grande evento da agenda de chefe de Estado de Nicolas Sarkozy. Ao lado de seu primeiro-ministro, François Fillon, Sarkozy fez um balanço dos cinco anos de mandato e apresentou alguns projetos de lei que deverão ser votados em breve pelos deputados. Ele desejou boa sorte a seu sucessor, François Hollande.

Ministros franceses deixam o Palácio do Eliseu após último conselho oficial do governo Sarkozy, nesta quarta-feira.
Ministros franceses deixam o Palácio do Eliseu após último conselho oficial do governo Sarkozy, nesta quarta-feira. REUTERS/Philippe Wojazer
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Desde 9 horas da manhã, no horário local, começou a se formar uma longa fila de carros dos 32 ministros e secretários de Estado convidados ao Palácio do Eliseu. Muitos ministros declararam estar emocionados e dispostos a levar de lembrança algum objeto do palácio presidencial.

O premiê François Fillon enumerou todas as reformas que foram feitas durante o governo e defendeu os avanços obtidos apesar da crise. Pela situação difícil das contas públicas francesas, Sarkozy desejou boa sorte a seu sucessor, o socialista François Hollande.

O ministro da Defesa, Gérard Longuet, relatou que Sarkozy estava tranquilo, parecia ter o sentimento de que havia feito tudo o que estava ao seu alcance pelo bem do país. "Não é um dia triste, é a regra do jogo na democracia", disse o presidente aos ministros. Ao final do encontro, Sarkozy foi aplaudido de pé durante vários minutos.

Futuro político

Essa última reunião do Conselho de Ministros pode também marcar o adeus de Sarkozy à vida política. Próximos do presidente, como o ministro do Interior, Claude Guéant, dizem que a saída de Sarkozy da cena política francesa será definitiva. Segundo o ministro, ele vai continuar a acompanhar de perto a evolução do seu partido, UMP, mas não deve mais ter um papel primordial. "Ele está determinado" a manter a sua palavra, afirma Guéant.

Ao iniciar a campanha oficialmente em janeiro deste ano, Sarkozy havia prometido encerrar a carreira política caso não fosse reeleito. Entre militância, o cargo de prefeito de Neuilly sur Seine, a atividade de ministro e enfim a presidência da República são quase 40 anos de vida dedicados à política.

Após a posse de François Hollande no dia 15 de maio, Sarkozy deve simplesmente retomar a advocacia. Como ex-chefe de Estado, ele poderia automaticamente assumir uma cadeira no Conselho de Estado, órgão criado por Napoleão que tem como principal tarefa aconselhar o governo sobre projetos de lei e questões administrativas, mas tudo indica que Sarkozy vai declinar dessa opção.  "Espero que a imprensa me deixe tranquilo. Quero viver um pouco normalmente", declarou o presidente.

Pela legislação francesa, um ex-presidente tem direito a uma aposentadoria vitalícia calculada atualmente em cerca de 13 mil reais, um escritório com secretária, carro oficial com motorista e guarda-costas.

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