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França/Mali

UE convoca conferência em 5 de fevereiro para discutir situação no Mali

Até agora discreta sobre a intervenção francesa no norte do Mali, a União Europeia propôs nesta segunda-feira a organização de uma reunião ministerial em nível internacional sobre o conflito no Mali no dia 5 de fevereiro, em Bruxelas. O debate deve reunir representantes da ONU e da Cedeao (Comunidade Econômica de Países do Oeste da África).

Soldados franceses inspecionam pickup usada pelos rebeldes islâmicos em Diabali, nesta segunda-feira, 21 de janeiro de 2013.
Soldados franceses inspecionam pickup usada pelos rebeldes islâmicos em Diabali, nesta segunda-feira, 21 de janeiro de 2013. REUTERS/Joe Penney
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A França espera contar com reforço de soldados africanos na intervenção que lidera no Mali, ao lado do Exército malinês, para expulsar os grupos islâmicos radicais que invadiram o norte do país. A Misma (missão internacional de apoio ao Mali) deve contar a termo com 6 mil soldados africanos, mas até agora menos de 200 soldados de países vizinhos chegaram a Bamako. Os custos dessa missão, coordenada pela Cedeao, duplicaram em relação aos cálculos iniciais, passando de 150 para 375 milhões de euros. A União Europeia vai contribuir com 50 milhões de euros.

Na quinta-feira, os europeus já tinham decidido acelerar o envio de uma missão de 450 militares do bloco para capacitar o Exército malinês a enfrentar os extremistas. Os militares europeus devem chegar ao país africano em meados de fevereiro.

Tropas avançam e retomam cidades em rota estratégica

Os 2.150 soldados franceses que enfrentam os combatentes da Al Qaeda no Mali avançam na região norte do país. Nesta segunda-feira, cerca de 30 blindados transportando 200 soldados malineses e franceses entraram na cidade de Diabali, a 400 km da capital Bamako. A população recebeu as tropas com festa e alguns moradores até tiraram fotografias dos soldados com seus celulares, conforme constatou um jornalista da AFP. Os habitantes de Diabali contaram que os extremistas, que tinham tomado o controle da cidade de surpresa no dia 14 de janeiro, bateram em retirada logo após o início dos bombardeios franceses, no dia 17.

Em Paris, o ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian confirmou que tropas francesas e malinesas também recuperaram do controle dos islamitas a cidade de Duentza, localizada numa rota estratégica, 800 km ao norte de Bamako. A partir de Duentza, os militares podem lançar operações na direção das grandes cidades do norte do Mali, como Tumbuctu, Gao e Kidal, que desde março do ano passado tinham sido invadidas por grupos jihadistas, entre eles a Al Qaeda do Norte da África, conhecida pela sigla Aqmi. 

Os combatentes islâmicos, que chegaram a descer até o centro do país antes da intervenção francesa, teriam se refugiado em Kidal, a 1.500 km de Bamako, no extremo norte do Mali. Kidal foi a primeira cidade da região a cair em poder de rebeldes tuaregues do MNLA, que lutam pela independência da região. Os rebeldes do MNLA chegaram a se aliar aos extremistas, mas logo foram expulsos pelos radicais.

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