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Hollande não iria para o 2° turno se eleição fosse hoje, indica pesquisa

Se o primeiro turno da eleição presidencial francesa fosse no próximo domingo, Nicolas Sarkozy ficaria em primeiro lugar com uma grande vantagem e François Hollande, ultrapassado pela líder da extrema-direita, Marine Le Pen, não conseguiria nem mesmo se qualificar para o segundo turno. A conclusão é de uma pesquisa de opinião do instituto BVA.

O presidente francês François Hollande à espera de convidados no Palácio do Eliseu, em Paris, nesta quarta-feira; sua popularidade não para de cair um ano após sua eleição.
O presidente francês François Hollande à espera de convidados no Palácio do Eliseu, em Paris, nesta quarta-feira; sua popularidade não para de cair um ano após sua eleição. REUTERS/Charles Platiau
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Com a popularidade em baixa e prestes a completar um ano desde sua eleição à presidência da República, no dia 6 de maio, o socialista François Hollande tem mais um motivo para se preocupar.

Segundo o levantamento de BVA, Nicolas Sarkozy obteria 29% dos votos (contra 27,2% no primeiro turno das últimas eleições, em 22 de abril de 2012), Marine Le Pen 24% (em vez de 17,9%) e François Hollande somente 20% (em vez de 28,6%).

Em um ano, o presidente eleito teria portanto perdido 8,6 pontos percentuais, Nicolas Sarkozy teria acumulado 1,8 e a líder da Frente Nacional teria progredido 6,1.

Segundo BVA, 31% dos eleitores que votaram em Hollande há um ano não o escolheriam novamente se tivessem que ir às urnas neste domingo. Em compensação, somente 8% dos eleitores de Marine Le Pen trocariam de candidato, e 16% daqueles que votaram em Sarkozy, do partido UMP.

Há seis meses, em outubro de 2012, François Hollande ainda conseguia reunir, segundo um outro instituto, o Ifop, 28% do eleitorado - quase igual ao seu resultado real.

Interrogados sobre a escolha que fariam hoje entre os dez candidatos de 2012, 11% citam o reprsentante da extrema-esquerda, Jean-Luc Mélenchon (estável) e 10% indicam o centrista François Bayrou (+1 ponto percentual).

Primeiro presidente de esquerda desde François Mitterrand (1981-95), o socialista Hollande se encontra um ano após sua eleição no comando de um país à beira da recessão. O índice de desemprego, que chegou a 11% em março, não para de aumentar.

O crescimento quase estagnado obrigou o governo a adiar o objetivo de reduzir o déficit público a 3% do produto interno bruto já em 2013. E com quase três quartos dos franceses se declarando "descontentes", François Hollande se tornou o presidente mais impopular ao final de um ano de mandato.

As medidas econômicas implementadas por Hollande só devem dar frutos a longo prazo, e o fracasso de negociações para a recuperação industrial da França, combinado ao fiasco do prometido imposto de 75% para os milionários, censurado pelo Conselho constitucional, contribuiu para a imagem de um presidente que não sabe para onde está conduzindo o país.

Mesmo a recente aprovação do casamento homossexual, outra grande promessa de campanha, teve um gosto amargo após meses de debates acalorados e manifestações que deram novo impulso à direita.

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