Acesso ao principal conteúdo
França/Racismo

Governo francês vai processar prefeito que disse que Hitler não matou ciganos suficientes

Depois de dizer no domingo que o ditador alemão Adolf Hitler talvez não tenha matado o suficiente de ciganos, o prefeito de Cholet, cidade no oeste da França, será processado pelo governo francês e entidades da sociedade civil por apologia de crime contra a humanidade. As populações ciganas estiveram entre as vítimas da política de extermínio alemã.

Captura vídeo do prefeito Gilles Bourdouleix, deputado do partido de centro-direita UDI.
Captura vídeo do prefeito Gilles Bourdouleix, deputado do partido de centro-direita UDI.
Publicidade

A decisão foi anunciada nesta terça-feira pelo ministro do Interior, Manuel Valls. O ministro considera que Gilles Bourdelaix, que além de prefeito acumula um mandato de deputado, deve ser punido com severidade pela justiça por sua declaração.

O comentário polêmico aconteceu durante uma visita do prefeito a um campo de ciganos instalados sem autorização, em uma área agrícola da cidade. Exaltado, o prefeito repreendeu os ciganos, que acabaram deixando espontaneamente o local.

A declaração racista teve forte repercussão na classe política. O partido de Gilles Bourdelaix, a UDI (União dos Democratas e Independentes), vai se reunir para analisar o caso e é provável que o parlamentar seja expulso da legenda. O prefeito nega as acusações, diz que teve suas palavras manipuladas, mas um vídeo registrou a declaração.

A legislação francesa obriga os municípios com mais de 5 mil habitantes, caso de Cholet, a destinar terrenos para as caravanas de ciganos e outras minorias que vivem como nômades. Porém, muitos prefeitos não cumprem a lei e reclamam da sujeira que eles produzem, além de afetar a imagem da cidade.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.