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EUA/Espionagem

Diplomacia francesa é alvo da espionagem americana

A Agência Nacional de Segurança americana (NSA) espionou a diplomacia francesa. É o que indicou nesse domingo a publicação alemã Der Spiegel, que teve acesso aos documentos secretos de junho de 2010 divulgados por Edward Snowden, ex-agente da inteligência americana. Após a denúncia de espionagem da sede da ONU em Nova York  e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o documento revela que as atividades do Ministério das Relações Exteriores da França também foram alvo da ação americana.

Na imagem, a embaixada da França em Washington, um dos alvos da espionagem americana, de acordo com a imprensa alemã.
Na imagem, a embaixada da França em Washington, um dos alvos da espionagem americana, de acordo com a imprensa alemã. SimonP
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Os Estados Unidos teriam invadido a rede de comunicação do ministério francês com suas embaixadas e consulados, sistema conhecido como VPN na sigla em francês, em uma operação classificada como "bem-sucedida". Microfones teriam sido implantados para acompanhar os passos da representação diplomática da França nas Nações Unidas e em Washington. A indústria militar francesa também teria sido alvo das ações ilegais americanas.

O semanal alemão revela ainda que a comunicação interna do canal de televisão Al-Jazira, com sede no Catar, também foi espionada, de acordo com um documento de 2006 do centro de análise da NSA, divulgado por Snowden. No entanto, a publicação indica desconhecer a duração da operação que visou jornalistas e resposáveis do canal. No final de junho, Der Spiegel denunciou a espionagem dos escritórios da União Europeia em Bruxelas, assim como da representação do bloco na ONU e na capital americana.

De acordo com informações do jornal americano Washington Post, também com base nos documentos revelados pelo ex-agente da CIA, 231 cyberataques foram lançados pelos Estados Unidos em 2011, visando principalmente o Irã, a Coreia do Norte, a Rússia e a China. Até o final desse ano, mais de 85 mil computadores de todo o mundo serão vítimas de cyberataques, tendo programas implantados em seus sistemas para permitir que os Estados Unidos tenham o controle dessas máquinas. O projeto batizado de "GENIE" com orçamento de 652 milhões de dólares seria o responsável por implantar esses sistemas de controle em máquinas estrangeiras.

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