François Hollande vai defender na ONU controle severo de armas químicas da Síria
O presidente francês François Hollande vai defender na próxima terça-feira, na Assembleia Geral da ONU, uma resolução forte sobre o controle e a verificação do arsenal químico sírio, com ou sem referência ao capítulo 7, que prevê um recurso à força em caso de não cumprimento dos compromissos.
Publicado a: Modificado a:
François Hollande quer a possibilidade máxima de controle, verificação e sanção de tudo o que se refere ao arsenal químico da Síria. O presidente pretende contornar toda e qualquer margem de escape do regime de Bachar al Assad de suas obrigações, em uma resolução super enquadrada.
O poder de veto da Rússia, aliada de Assad, também é levado em conta, mas o governo francês aposta no desejo comum, inclusive de Moscou, de que a resolução permita a aplicação do acordo de Genebra, selado em 14 de setembro passado entre os chefes da diplomacia russa e norte-americana, Vladimir Lavrov e John Kerry, sobre o desmantelamento do arsenal químico sírio.
O capítulo 7 da Carta prevê o uso da força, mas o Eliseu contemporiza, declarando que há diversos níveis de aplicação da sanções. Estados Unidos e França, ao lado de outros países ocidentais, querem a adoção de uma resolução concreta o mais rápido possível, de preferência na semana que vem.
França e envio de armas aos rebeldes
Questionado sobre a intenção de armar a oposição síria, o Palácio do Eliseu explica que o envio de armas será realizado num contexto de controle total. "Se dermos armas a grupos bem identificados que vêm dando provas de seu engajamento por uma Síria democrática, e se tivermos condições de controlar os usuários dessas armas, não há motivos para sermos condenados", explica o governo francês.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro