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França/Mali

Suspeitos do assassinato dos jornalistas da RFI foram identificados

As investigações sobre o assassinato dos dois jornalistas da RFI executados sábado no norte do Mali avançam rapidamente. Segundo fontes de segurança malinesas, 35 pessoas foram detidas até o momento para interrogatório e os serviços de inteligência franceses já identificaram quatro suspeitos de envolvimento direto com o crime, graças a um documento encontrado no carro que estava ao lado dos corpos.

A pick-up usada no sequestro foi abandonada ao lado dos corpos dos repórteres da RFI,.
A pick-up usada no sequestro foi abandonada ao lado dos corpos dos repórteres da RFI,. REUTERS/Stringer
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Os quatro suspeitos envolvidos diretamente no sequestro e assassinato dos dois jornalistas da RFI são ativamente procurados por forças malinesas e francesas perto da cidade de Kidal, onde ocorreu o duplo homicídio. Segundo o jornal Libération, o carro usado no sequestro estragou e por isso foi abandonado no local. Três dos quatro homens são conhecidos dos serviços secretos franceses, foram detidos e interrogados em junho por suspeita de ataques contra as tropas da França em Kidal, mas acabaram sendo liberados.

Os suspeitos são considerados mais bandidos do que militantes islâmicos radicais, mas fazem transações com o grupo Aqmi, o braço da Al Qaeda na região. Os quatro homens seriam de uma brigada armada rebelde tuaregue, a mesma que acaba de libertar quatro reféns franceses, sequestrados em 2010 no Níger e que provavelmente ainda mantém em cativeiro um outro francês, Serge Lazarevic. As 35 pessoas detidas até agora para interrogatório não teriam nenhuma ligação com o crime, mas conheceriam os quatro suspeitos e poderiam ter informações para facilitar a captura.

O ministro da Defesa da França, Jean Yves Le Drian, garantiu hoje em entrevista à imprensa que as investigações avançam, mas não quis revelar maiores detalhes para não prejudicar o inquérito judicial.

Na França, as homenagens aos jornalistas da RFI mortos continuam. A ópera de Lille, no norte do país, faz hoje uma homenagem diferente: ao invés de um minuto de silêncio um minuto de barulho para denunciar o assassinato dos dois repórteres. Uma cerimônia em memória de Ghislaine Dupont e Claude Verlon reúne esta tarde no museu do Quai Branly os familiares, amigos e colegas de RFI.

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