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França/escândalo

Advogado do ex-presidente francês Sarkozy e dois juízes são detidos na França

Dois magistrados e o advogado do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, Thierry Herzog, foram detidos para interrogatório nesta segunda-feira (30), suspeitos de tráfico de influência e de violação do sigilo de instrução. O ex-chefe de Estado também poderá ser ouvido na próxima semana.

O advogado do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, Thierry Herzog, foi detido preventivamente para interrogatório em um caso de tráfico de influência.
O advogado do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, Thierry Herzog, foi detido preventivamente para interrogatório em um caso de tráfico de influência. REUTERS/Gonzalo Fuentes
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O advogado e os dois juízes são suspeitos de participarem de uma rede que informava Sarkozy sobre o andamento dos inquéritos que poderiam atingir o ex-presidente, citado em vários processos por corrupção. Entre eles, o financiamento de sua campanha em 2007, que pode ter tido contribuições da herdeira da empresa de cosméticos L’oreal, Lilliane Bettencourt, e do ex-ditador líbio, Muamar Kadafi.

Os dois magistrados são Gilbert Azibert, promotor do tribunal de Cassação, que foi levado para a delegacia da polícia judiciária em Nanterre, na região parisiense, e Patrick Sassout, que trabalha na mesma jurisdição. Eles teriam informado ao ex-presidente que seu telefone foi grampeado pela Justiça, em troca de uma promoção para um cargo mais importante.

Agora, os investigadores buscam comprovar essa suspeita, que poderia levar ao depoimento do ex-presidente e a seu envolvimento direto no caso, prejudicando ainda mais suas ambições políticas de disputar novamente a presidência em 2017.

Caso complicou em 2013

Em 2013, diversas pessoas próximas de Sarkozy foram colocadas sob escuta na investigação sobre o financiamento ilegal da campanha, tendo Kadafi como um dos doadores. A Justiça francesa se interessa principalmente pelo advogado do ex-presidente, que na época tentou obter informações sobre o caso junto ao chefe do serviço secreto, Patrick Calvar.

Os juízes então decidiram grampear um dos números de telefone de Sarkozy. Nesta linha, ele se identifica como Paul Bismuth nas conversas com seu advogado. Os telefonemas levam à conclusão que o magistrado Gilbert Azibert deu informações sobre a investigação envolvendo o ex-presidente.

Sarkozy é citado em diversos processos envolvendo o financiamento de suas campanhas em 2007 e 2012. A polícia também questiona a regularidade dos contratos concluídos entre o Palácio do Eliseu e nove institutos de pesquisa durante o mandato do ex-presidente.
 

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