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França/Política

Hollande recebe Sarkozy para simbolizar união nacional

O ex-chefe de Estado atendeu o pedido de seu sucessor em nome da "união nacional" necessária para o país enfrentar o trauma provocado pelo atentado contra o jornal satírico Charlie Hebdo. O encontro é visto como um sinal forte e simbólico de superação de divergências políticas em uma momento delicado para o país.

François Hollande e Nicolas Sarkozy na entrada do Palácio do Eliseu, em Paris.
François Hollande e Nicolas Sarkozy na entrada do Palácio do Eliseu, em Paris. REUTERS/Philippe Wojazer
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O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy voltou nesta quinta-feira (8) pela primeira vez ao Palácio do Eliseu depois de sua derrota na eleição presidencial de 2012 para se encontrar com o socialista François Hollande.

Diante dos fotógrafos e cinegrafistas, os dois líderes trocaram um rápido aperto de mão na entrada do Palácio antes de entrarem para um encontro reservado. No dia anterior, Sarkozy, recém-eleito pelos militantes presidente do partido UMP (União por um Movimento Popular) lançou um apelo por uma "união nacional".

Depois da reunião, Sarkozy falou à imprensa que era seu dever ter comparecido ao palácio para mostrar que o momento do país é de união em torno dos valores da República.

O ex-presidente francês afirmou que seu partido UMP poderá fazer um apelo para participar da marcha republicana programada para domingo "se as condições permitirem". Sarkozy disse ter manifestado "sua disponibilidade" ao presidente François Hollande, durante a reunião no Palácio do Eliseu.

"Essa manifestação deve ser feita em um clima de recolhimento, de união, exprimir uma grande força. Se as condições permitirem, nós vamos fazer um apelo para participar dessa manifestação", disse o presidente da UMP. Sarkozy esclareceu que voltará a conversar sobre o assunto com Hollande depois de uma reunião do socialista com outros partidos políticos representados no parlamento.

Nesta sexta-feira, o presidente Hollande deve receber no mesmo local a líder do partido de extrema-direita Frente Nacional (FN). Mas analistas políticos questionam se Marine Le Pen deve ser convidada para participar da marcha republicana de domingo. "Se eles (líderes do FN) forem integrados a um arco republicano em um período de emoção nacional, como rejeitá-los depois?", questiona o politólogo Jérôme Saint-Marie do Instituto Pollingvox.

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