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França/Homenagem

"Policiais morreram para franceses viverem livres", diz Hollande

Uma cerimônia na Secretaria de Segurança Pública de Paris prestou homenagem na manhã desta terça-feira (13) aos três policiais mortos nos atentados da semana passada. As famílias dos três agentes estavam presentes.

Cerimônia na sede da polícia homenageou os três policiais mortos nos atentados de Paris.
Cerimônia na sede da polícia homenageou os três policiais mortos nos atentados de Paris. REUTERS/Philippe Wojazer
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Em um discurso de meia hora, o presidente François Hollande referiu-se aos policiais como "heróis", que morreram para que "os franceses possam viver livres". "Nós devemos ser irredutíveis diante da apologia do terrorismo e dos jihadistas que combatem na Síria e no Iraque", disse o chefe de Estado. Hollande declarou que o governo será "implacável" em relação a "atos antissemitas e antimuçulmanos". Na avaliação do presidente, "a firmeza da justiça é uma condição indispensável à segurança".

Os agentes Clarissa Jean-Philippe, Ahmed Merabet e Franck Brinsolaro receberam, em homenagem póstuma, a medalha da Legião de Honra, a mais alta condecoração da República Francesa, e o título da Ordem da Nação pelos serviços prestados ao país.

Clarissa, de 26 anos, estagiária na polícia, foi abatida pelo jihadista Amédy Coulibaly na quinta-feira passada quando atendia uma ocorrência de trânsito em Montrouge, na periferia sul de Paris. Na véspera, os irmãos Chérif e Said Kouachi abateram os policiais Franck Brinsolaro, de 49 anos, e Ahmed Merabet, de 40 anos, no ataque à sede do jornal satírico Charlie Hebdo.

Novas ameaças

Hollande evocou novas ameaças terroristas "dentro e fora das fronteiras" do país, uma vez que extremistas têm divulgado mensagens sugerindo a realização de novos atentados contra os interesses franceses. O presidente aconselhou a população a "redobrar a vigilância".

'Não há espaço para antissemitismo'

Ao mesmo tempo em que Hollande presidia a cerimônia em Paris, em Israel aconteciam os funerais das quatro vítimas do supermercado kasher de Porte de Vincennes. O governo francês foi representado, em Jerusalém, pela ministra da Ecologia, Desenvolvimento Sustentável e Energia, Ségolène Royale.

Em seu discurso, a ministra disse aos israelenses que "não existe espaço para o antissemitismo na França". Ela prometeu que o governo vai agir de maneira intransigente para proteger os interesses dos judeus na França.

Maomé na capa de Charlie Hebdo

As associações muçulmanas já se manifestam sobre a publicação prevista, nesta quarta-feira, da nova edição de Charlie Hebdo. A capa da "edição dos sobreviventes", como está sendo chamada, traz uma caricatura do profeta Maomé segurando um cartaz com a frase "Eu sou Charlie". A legenda afirma: "Tudo é perdoado". No desenho, assinado pelo chargista Luz, Maomé parece comovido e derruba uma lágrima.

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