As primeiras páginas dos jornais franceses estão dominadas por reacções e comentários à morte do cantor francês, Charles Aznavour, na noite de domingo para segunda-feira. Charles Aznavour, o universal, titula, LE MONDE, que dedica quatro páginas ao cantor e actor de teatro e cinema, morto na noite de domingo para segunda-feira, em França, com a idade de 94 anos.De origem arménia, Charles Aznavour, nascido em Paris, afirma numa entrevista, que quando somos filhos de imigrantes temos que sair dessa condição. Se eu não tivesse as minhas mulheres: minha mãe, minha irmã, minha esposa, nunca teria conseguido chegar onde cheguei; são as mulheres que fazem os homens, afirma Aznavour, citado por LE MONDE.O grande Charles, replica L’HUMANITÉ, vendeu 180 milhões de discos e gravou 1200 canções. A canção, aquela que nascia nas ruas, era a sua vida. “Os amigos da miséria são muitas vezes os mais interessantes, os mais sinceros”, assim é recordado Aznavour, numa das entrevistas ao L’HUMANITÉ.Um século, um destino, relança LA CROIX, que dedica 4 páginas a aquele que chama uma lenda e um destino. Talvez porque nada lhe foi dado de graça, nada foi fácil para ele. O imenso artista é morto com a idade de 94 anos, sem conseguir atingir um século de carreira, como dizia a brincar, nota, LA CROIX.Era ainda ontem, titula LIBÉRATION, que passa em revista as suas canções de um século. De origem arménia, ele desafiou todas as críticas para se impor como o cantor francês mais reconhecido no mundoFor me, formidable, titula, LE FIGARO, recorrendo ao título duma canção de Charles Aznavour. No seu editorial, intitulado, França no coração, LE FIGARO, escreve que acabámos por acreditar que ele era imortal; e talvez o seja. Charles Aznavour morreu na noite de domingo para segunda-feira; regressava de um périplo por Japão, tinha concerto em Paris antes de partir para Bruxelas. O palco era o berço de Charles Aznavour, sublinha, o editorial do jornal, LE FIGARO.Mudando de assunto, brasileiras, barreira contra Bolsonaro, destaca, LE MONDE, sobre o candidato da extrema-direita às presidenciais do Brasil. “Ele não” é um dos slogans de manifestações de mulheres brasileiras, que denunciam o discurso misógino, racista e homófobo de Bolsonaro, acrescenta, LE MONDE. O mesmo vespertino, destaca ainda, Irão preocupado com a ameaça do Estado islâmico no seu território. Teerão atacou ontem a organização jiadista na Síria, após o atentado cometido a 22 de setembro em Ahvaz, no sudoeste do país, por um comando terrorista e reivindicado pelo Estado islâmico. Teerão visa aqueles que designa como os padrinhos do Estado islâmico: Washington e seus aliados regionais, Israel e as monarquias do Golfo, sublinha, LE MONDE.Sismo e tsunami na Indonésia: “à nossa volta tudo está destruído”, escreve, LIBÉRATION, 4 dias após a maior confusão que reina no país. Em pé de guerra, as ONG’s, esperam autorização para intervir. As Nações Unidas consideram que 190 mil pessoas necessitam de ajuda humanitária, acrescenta, LIBÉRATION.Por seu lado, LE FIGARO, refere-se a Boris Johnson, o tubarão branco que quer engolir Theresa May. O antigo ministro desafia a chefe do governo no Congresso dos conservadores de Birmingham, reclamando o abandono do projecto de May para o Brexit.Enfim, é ainda, LE FIGARO, que sobre a África, destaca, Tunísia, crise governamental transforma-se em braço de ferro institucional. É um presidente que se opõe ao chefe do governo que nomeou há 2 anos. Um presidente que rompeu uma aliança com Ennhada, partido conservador religioso, mas defendida pelo primeiro-ministro; e um partido presidencial em decomposição, eis o quadro da Tunísia, numa altura em que começa uma nova sessão parlamentar; acrescenta, LE FIGARO.
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