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França

Governo francês em seminário para solução à crise social

4 dias depois dos anúncios do presidente francês, Macron, destinados a responder à crise dos coletes amarelos, o primeiro-ministro, Edouard Philippe presidiu hoje no palácio do governo, um seminário da maioria que deve permitir orquestrar a partitura do chefe de Estado, nomeadamente, sobre o financiamento das medidas.

Primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, à imprensa, antes do seminário do governo sobre medidas à crise dos coletes amarelos
Primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, à imprensa, antes do seminário do governo sobre medidas à crise dos coletes amarelos Bertrand GUAY / AFP
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O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, reuniu hoje os seus ministros num seminário para distribuir a missão de cada um na estratégia anunciada há 4 dias pelo presidente Macron para uma saída da crise dos coletes amarelos.

A implementação das medidas exige, como é evidente, financiamento, que tem de ser votado, pelo que o primeiro-ministro apelou o Parlamento a participar na reflexão.

"É uma iniciativa inédita, pois, nunca os parlamentares participaram neste tipo de seminário governamental", disse o chefe de fila do partido presidencial, República em Marcha, Gilles Le Gendre. 

"Eu sei que muitos estão impacientes e o Presidente da República, pediu-nos para avançarmos rapidamente, ele tem razão e estamos determinados a fazer esta reforma depressa e bem", replicou, Edouard Philippe.

Ele qualificou ainda este seminário de "dia de trabalho intensivo para construir quem faz o quê e quando".

Redução do IRS ou Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares, regorganização da administração, descentralização, reforma constitucional, reindexação à inflação de pensões de reforma e ajudas a mães solteiras.

Oposição e coletes criticam medidas de Macron

"Uma revolução, reagiu, o Presidente centrista do MoDem François Bayrou. Pelo contrário o líder da oposição dos Republicanos, Laurent Wauquiez, fustigou a ausência de "medidas sérias" sobre a redução das despesas públicas.

Também a Presidente da União Nacional, Marine Le Pen, reagiu dizendo que as medidas são pouco "claras e não terão efeitos tangíveis".

Mas há hesitações no seu seio do próprio ministério da economia e finanças que se interroga sobre a disponibilidade financeira em conseguir os 5 mil milhões de euros do IRS, imposto singular.

Entre certas centrais sindicais como a CGT e os próprios coletes amarelos reina um cepticismo claro com afirmações segundo as quais, as medidas anunciadas por Macron, não respondem às suas reivindicações, e que mais este seminário governamental, é uma perda de tempo, donde nada pode sair de concreto.

 

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Governo francês em seminário para solução à crise social

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