Os jornais franceses dão destaque à ofensiva turca na Síria.O jornal conservador ‘Le Figaro’ tem como título: “A França tenta escapar à armadilha síria”. Paris prepara o repatriamento das suas forças especiais e teme o regresso para a Europa dos jihadistas estrangeiros.Em entrevista ao diário, Jean-Yves Le Drian, ministro francês dos Negócios Estrangeiros, afirmou que a “operação turca está a pôr em causa cinco anos de luta contra Daech”, assegurando que o “Estado Islâmico ainda não morreu” e que os seus combatentes estão “à espera de uma falha para voltar aos combates”. Segundo Jean-Yves Le Drian, é necessário restabelecer a estabilidade no Nordeste do país e encontrar uma solução colectiva para os jihadistas estrangeiros.Para o ministro francês dos Negócios Estrangeiros a decisão da Turquia, em lançar um ataque na Síria, e a saída do território dos Estados Unidos, acabaram por atirar os curdos para o regime sírio e os seus aliados, entre eles a Rússia, que agora fica com mais responsabilidade e que deve condenar as ofensivas turcas. No terreno, na Síria, a França preocupa-se com os jihadistas que estão presos e controlados pelos curdos. Segundo os turcos, diz o ‘Le Figaro’, os curdos estão a libertar jihadistas para forçar o regresso norte-americano perante a ameaça de Daech.No vespertino ‘Le Monde’, o título é: “Erdogan calou toda a oposição”. Para o diário, apesar de estar isolado a nível internaiconal, o Governo de Ancara, não se preocupa com as sanções cerca de uma semana após o início da operação na Síria contra os Curdos.O próprio Donald Trump, presidente norte-americano, assinou um decreto aplicando sanções contra vários ministros turcos, condenando a ofensiva turca. Segundo o vice-presidente norte-americano Mike Pence, o presidente Donald Trump deseja que a Turquia acabe com a sua ofensiva, tente pôr em prática um cessar-fogo e inicie negociações com as forças curdas na Síria para pôr fim às violências. Donald Trump assegurou que “está pronto para destruir rapidamente a economia turca se os dirigentes turcos prosseguem” nessa via do conflito.O comunista ‘L’Humanité’ titula: “O caminho de Damasco dos Curdos”. O diário afirma que os curdos foram totalmente abandonados pela comunidade internacional e que por consequência pediram ajuda às forças armadas sírias.Mais de 200 mil civis foram deslocados desde a ofensiva turca e já houve 70 mortos. Por isso as forças curdas pediram ajuda ao regime de Bachar Al-Assad. Para Mazloum Abdi, comandante das Forças Democráticas Sírias, esta ajuda vai obrigá-los “a compromissos com Moscovo e Bachar Al-Assad, mas entre compromissos e o genocídio do povo”, preferem “a vida”.No católico ‘La Croix’, o título em destaque é: “Entre a Síria e a Turquia, um frente-a-frente arbitrado pela Rússia”. Para o jornal a Rússia tem todas as cartas na mão, apoiando politicamente e militarmente o Regime de Damasco, prosseguindo a cooperação com a Turquia a quem acaba de vender o sistema anti-míssil S-400, e continuando a luta contra os jihadistas que contam com vários membros russos. A Rússia está no centro das atenções na Síria.Os outros assuntos em destaque presentes nos jornais franceses são os seguintes:“Homossexualidade, Aborto, União Livre, esses ‘Fora da Lei’ de Marrocos”, eis a primeira página do diário de esquerda ‘Libération’. Depois da condenação de Hajar Raissouni, o jornal encontrou-se com marroquinos que vivem escondidos, porque podem ser punidos pelas leis ainda presentes no reino da moral. Na reportagem os marroquinos divulgam como conseguem ultrapassar todas as proibições na sociedade conservadora que eles têm. Um militante dos direitos dos Homossexuais conta que utiliza aplicações no telefone para encontrar pessoas do mesmo sexo, afirmando que é menos suspeito ver-se dois homens ou duas mulheres juntos, do que uma mulher com um homem.Por fim no jornal desportivo ‘L’Equipe’, a Turquia também está em destaque isto porque a França, em casa, empatou a uma bola frente aos Turcos na fase de apuramento para o Euro-2020 e os franceses continuam no segundo lugar atrás da Turquia, apesar de ter os mesmos pontos que os Turcos.
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