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O governo de Dilma não promete muita coisa, diz Les Echos

A expectativa com a política a ser adotada pela nova presidente brasileira é analisada pelo jornal econômico Les Echos desta terça-feira. A imprensa francesa também volta a dar espaço para o otimismo do governo francês sobre a venda dos caças Rafale para o Brasil.

Presidenta Dilma Rousseff durante reunião de coordenação no Palácio do Planalto
Presidenta Dilma Rousseff durante reunião de coordenação no Palácio do Planalto José Cruz/ABr
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"O novo governo brasileiro não promete muita coisa". Este é o título de um artigo do jornal francês Les Echos desta terça-feira. Baseado na imprensa brasileira, o diário econômico ressalta o engajamento da nova presidente Dilma Rousseff em favor da estabilidade, mas sem reformas importantes no horizonte. Além da continuidade com o governo Lula, a prioridade será reduzir as despesas públicas, segundo a intenção anunciada por Dilma. Mas não se trata de instaurar um “Estado mínimo. Citando o jornal o Valor, Les Echos informa que o objetivo de Dilma é melhorar os serviços públicos e a segurança social, setores que foram negligenciados no governo anterior. No entanto, o jornal duvida que a coalizão no poder consiga realizar este objetivo.

O novo governo brasileiro também foi analisado nesta terça-feira pelo ministro da Defesa da França, Alain Juppé, que assistiu em Brasília a posse de Dilma Rousseff. Em entrevista a rádio Europe 1, ele disse que a eventual venda dos caças Rafale se insere no contexto de cooperação estratégica entre a França e o Brasil que é considerável. Juppé reafirmou sua confiança de que o governo brasileiro irá escolher os caças franceses.

Quase todos os jornais franceses destacam volta do debate sobre a reforma das 35 horas semanais de trabalho. O debate foi relançada por um pré-candidato do Partido Socialista, partido que reduziu a jornada de trabalho quando estava no poder. Para Libération, este é um debate atrasado. Segundo o jornal de esquerda, a redução da jornada de trabalho foi esvaziada pela direita no poder e não causa mais nenhum problema. Nem mesmo os empresários querem mais ouvir falar em modificar as 35 horas, afirma Libé. Le Figaro escreve que o Partido socialista também não quer mais ouvir falar no assunto e se recusa a debater o tema.

A França tem petróleo! Esta é a manchete surpreendente do Le Parisien. O tablóide diz que por causa da alta do preço do produto, o país aposta na riqueza de seu subsolo. Os poços de prospecção para tentar encontrar petróleo em território francês nunca foram tão numerosos informa Le Parisien. Atualmente, a produção francesa é de apenas 10 mil barris por dia, extraídos de alguns poços de exploração situados na região parisiense. Essa produção equivale a apenas 1% do consumo francês.

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