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Japão/Imprensa

Tragédia nuclear do Japão provoca alerta mundial

A gravidade do acidente nuclear no Japão é assunto de maior destaque da imprensa francesa desta quinta-feira que dedica também várias páginas para falar da catástrofe humanitária que atinge os moradores sobreviventes ao terremoto e ao tsunami.   

Helicópteros despejam água sobre usina nucler de Fukushima.
Helicópteros despejam água sobre usina nucler de Fukushima. REUTERS/NHK via Reuters TV
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O mundo em alerta, resume o diário Le Parisien ao comentar que enquanto os japoneses lutam desesperadamente, por enquanto sem sucesso, para evitar uma catástrofe nuclear, o mundo inteiro acompanha a nuvem radioativa. Segundo especialistas ouvidos pelo jornal, a radioatividade vai se espanhar pelo hemisfério norte e poderá chegar à França na semana que vem.

Para o comunista L'Humanité, os problemas nos seis reatores e nas unidades de retenção que estão sem controle, a central de Fukushima está às portas do inferno.

O Japão tenta evitar um "novo Chernobyl", escreve em sua manchete principal o Le Figaro, em referência ao mais grave acidente nuclear da história, em 1986, na antiga União Soviética.

As equipes de intervenção tentam com todos os meios possíveis frear a evoluçãodo acidente em Fukushima. A catástrofe que muda tudo, é o título escolhido pelo econômicos Les Echos para ilustrar a extensão da tragédia .

O jornal afirma que após cinco dias sem conseguir conter os problemas na Central nuclear de Fukushima, o Japão se prepara para um marotona de combate já que para retomar o controle da situação, vai ser preciso muito tempo, dizem especialistas sobre segurança nuclear.

Diante de uma revisão dos projetos de futuros reatores, as empresas do setor nuclear já perderam 70 bilhões de dólares no mercado financeiro, estima o Les Echos.

O Libération ressalta outro aspecto dramático provocado pelo terremoto e tsunami da última sexta-feira. Sob uma foto comovente de uma mulher chorando diante de escombros e debaixo de neve, o jornal lemùbra que além da ameaça nuclear cada vez mais grave, o Japão enfrenta uma crise humanitária sem precedentes que atinge centenas de milhares de pessoas na região nordeste do país.

O católico La Croix dedica sua capa às milhares de pessoas que fazem parte das equipes de socorro enviadas aos locais da tragédia e lembra que os mais expostos a riscos são os profissionais que lutam contra os acidentes no interior da central de Fukushima. Combatentes da emergência é o título escolhido pelo jornal.
 

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