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COSTA DO MARFIM

Laurent Gbagbo é detido em Abidjan

Após quase cinco meses de um conflito sangrento, as forças do presidente eleito na Costa do Marfim, Alassane Ouattara, reconhecido pela ONU, prenderam nesta segunda-feira Laurent Gbagbo, derrotado na última eleição presidencial. Gbagbo foi levado junto com familiares para o Hotel do Golfo, que se tornou uma sede provisória da presidência marfinense em Abidjan.

As primeiras imagens de Laurent Gbagbo, divulgadas pela TCI, o canal de tevê de Alassane Ouattara, após a detenção do ex-presidente em Abidjan.
As primeiras imagens de Laurent Gbagbo, divulgadas pela TCI, o canal de tevê de Alassane Ouattara, após a detenção do ex-presidente em Abidjan.
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"Laurent Gbagbo, detido nesta segunda-feira em sua residência de Abidjan, está com boa saúde e será em breve apresentado à justiça", anunciou o embaixador da Costa do Marfim na ONU, Youssoufou Bamba. Após quase cinco meses de queda-de-braço com o presidente eleito Alassane Ouattara, e um conflito armado que deixou mais de mil mortos entre partidários dos dois campos, Gbagbo foi preso em sua casa, junto com familiares, e levado para o Hotel do Golfo, em Abidjan, que se tornou uma espécie de sede provisória do governo eleito em novembro. 

O canal de tevê controlado por Ouattara já exibiu imagens de Gbagbo após sua detenção. Segundo o embaixador da Costa do Marfim na ONU, "a operação foi realizada exclusivamente por forças marfinenses" e "teria ocorrido de forma rápida e profissional". Nas agências de notícias também circularam informações de que as forças francesas da missão Licorne teriam participado da detenção de Gbagbo.

O primeiro-ministro Guillaume Soro convocou os partidários de Gbagbo a entregar as armas. Em pronunciamento na televisão, Soro declarou solenemente: "Povo da Costa do Marfim, enxuguem as lágrimas, o pesadelo terminou. Viva a República da Costa do Marfim". O premiê pediu à população que mantenha a calma.

Logo após a detenção, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, falou longamente ao telefone com Ouattara, segundo informou a presidência francesa sem dar mais detalhes.

Gbagbo chegou ao governo da Costa do Marfim no ano 2000 e se recusava a reconhecer os resultados das presidenciais de novembro passado, que deram a vitória a seu adversário e foram posteriormente reconhecidos por boa parte da comunidade internacional.

Nos últimos dias, as forças da França e da ONU bombardearam as tropas leais a Gbagbo que protegiam o palácio presidencial e a residência da família Gbagbo em Abidjan.

O ministro francês do Interior, Claude Guéant, disse que a detenção de Gbagbo vai permitir que a Costa do Marfim retome a atividade econômica, paralisada por meses de conflito. O chanceler britânico, William Hague, disse esperar que Gbagbo seja tratado com respeito e venha a ser julgado de forma justa. 

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