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Grã-Bretanha/Grampos

Murdoch nega responsabilidade no escândalo das escutas ilegais

O magnata Rupert Murdoch e Rebekah Brooks, a ex-editora do jornal News of the World, foram ouvidos pela comissão parlamentar britânica nesta terça-feira. Eles condenaram as escutas telefônicas ilegais e negaram responsabilidade no caso. A audiência teve que ser interrompida momentaneamente após uma tentativa de agressão contra o milionário.

Militantes (e) tenta atingir Rupert  Murdoch com uma torta durante audiência em Londres
Militantes (e) tenta atingir Rupert Murdoch com uma torta durante audiência em Londres Reuters
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A audiência, transmitida ao vivo pela televisão, não trouxe fatos novos ao escândalo das escutas ilegais que envolvem o magnata Rupert Murdoch. O milionário, convocado com seu filho por dez membros da Comissão de mídias do parlamento, disse que não sabia da existência dos grampos e alega ter sido "enganado por pessoas em quem confiava". Ele também criticou os atos. “Violar a intimidade das pessoas pirateando suas caixas postais é mal. Pagar policiais para obter informações também é mal”, declarou o presidente da News Corp, grupo proprietário do jornal News of the World, acusado de ter grampeado os telefones de cerca de 4 mil pessoas.

01:39

Fernanda Niedecker, correspondente da RFI em Londres

Mesmo se as declarações de Murdoch não revelaram novas informações, a audiência foi mais agitada do que o esperado. Principalmente quando um homem conseguiu entrar na sala e tentou atingir o milionário com uma espécie de torta de creme de barbear. Impedido pelos membros acompanhantes de Murdoch, o militante foi preso imediatamente. Wendi, a mulher do milionário, chegou a ser derrubada quando tentava impedir a agressão. O episódio provocou a interrupção momentânea da sessão.

Ex-editora nega envolvimento

Rebekah Brooks, a ex-editora do News of the World, foi ouvida em seguida. Ela também condenou as escutas telefônicas, mas reconheceu o uso de detetives para conseguir informações exclusivas.

A comissão parlamentar também ouviu o chefe da Scotlant Yard, Paul Stephenson, e o diretor da unidade antiterrorismo da instituição, John Yates. Ambos tiveram que deixar seus cargos nos últimos dias diante das acusações de envolvimento da polícia londrina no escândalo das escutas.

 

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