Jornais lamentam tragédia em Oslo, "o país mais pacífico do mundo"
O duplo ataque ocorrido na sexta-feira em Oslo, que provocou a morte de menos 92 pessoas, ocupa as capas de todos os jornais franceses neste sábado. Em meio a informações ainda contraditórias sobre as causas e o balanço dos atentados, a imprensa evidencia a surpresa de um primeiro ataque deste tipo na Noruega, país conhecido por sua passividade.
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“Terror em Oslo”, afirma o Parisien, quase idêntico ao Le Monde, que estampa “Horror em Oslo” na manchete. O Le Monde foi o único dos diários franceses que trouxe a informação sobre as suspeitas em torno de um norueguês de ultradireita como sendo o possível autor das explosões no bairro dos ministérios e o tiroteio em um encontro de jovens na ilha de Utaoya. Os outros jornais não tiveram tempo para aguardar os detalhes sobre a autoria do crime, divulgados durante a madrugada no horário europeu.
O Monde explica que desde o início de tentativas de ataques terroristas na Dinamarca e após um ataque suicida na Suécia, em 2010, os países escandinavos já se mantinham em alerta para a ameaça terrorista. E o Parisien se pergunta: “Por que a Noruega, o país mais em paz do mundo?”. O próprio jornal responde, afirmando que “a pergunta é tão perdida quanto absurda”, e lamenta que, a partir de agora, “não há mais exceções ao terrorismo”.
Na mesma linha segue o Libération, que, assim como o Parisien, estampa na capa uma grande foto da tragédia. No editorial, o jornal afirma que agora foi a vez da Noruega “conhecer o seu 11 de Setembro”, assim como no passado “sofreram Nova York, Madri, Paris e Londres”. “Os atentados de Oslo mostram que nenhum país está ao abrigo do terrorismo”, diz o Libé.
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