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França/Brasil

Garimpeiros brasileiros ilegais são alvo da polícia na Guiana Francesa

As operações dos militares franceses para expulsar garimpeiros brasileiros que são atraídos pelo ouro da Guiana Francesa é tema de uma extensa reportagem do Libération deste sábado. Uma equipe do jornal acompanhou uma operação do exército no interior do território e revela que as duas partes estão envolvidas em uma disputa implacável de policiais contra bandidos.

Reportagem do jornal Libération.
Reportagem do jornal Libération. RFI
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Os enviados especiais do Libération relatam com riqueza de detalhes a viagem, de helicóptero, de uma base militar até a região de Repentir onde um garimpo legal foi abandonado do início do século e atualmente, segundo o jornal, foi invadido por cerca de 3 a 4 mil brasileiros, atraídos pelo ouro que ainda existe no local.

A equipe caminhou mais de 3 horas na mata e testemunhou os rastros deixados pelos garimpeiros clandestinos e poços onde extraem de maneira rudimentar o precioso metal. Muitas minas foram abandonadas e, algumas, com até 30 metros de profundidade, foram cavados por os homens que descem por cordas para tentar extrair o ouro.

Com o início da operação Harpie, como foi batizada, os garimpeiros tentam agora passar desapercebidos, sem cortar árvores da floresta, afirma o jornal. O Libération lembra que às vezes, algumas operações terminam mal como a do dia 2 de setembro quando um militar francês ficou gravemente ferido por um tiro disparado de um garimpeiro.

O Libération revela que a base dos garimpeiros clandestinos fica em Ilha Bela, na margem brasileira do rio Oiapoque, que atrai principalmente favelados de cidades como Belém, Macapá e Santana. Mas normalmente eles só encontram a miséria, afirma o jornal, que ouviu diversos brasileiros que tentam enriquecer cruzando a fronteira atrás do ouro da Guiana Francesa.

O jornal revela casos de brasileiros que foram condenados por entrar ilegalmente na Guiana e pela atividade ilegal do garimpo, mas os mandados de prisão nunca são cumpridos. O Libé lembra que a valorização do ouro, que passou de 19 euros a grama para 43 euros em menos de 3 anos, ainda vai continuar promovendo uma caça dos militares franceses pelos garimpeiros clandestinos brasileiros.

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