Cadeira da Líbia no Conselho da ONU atribuída ao CNT
A cadeira da Líbia nas Nações Unidas foi atribuída ao Conselho Nacional de Transição. O seu presidente, Moustapha Abdeljalil, vai discursar em nome do país na Assembleia Geral anual no final deste mês, em Nova York. Abdeljalil também terá um encontro paralelo com o presidente norte-americano Barack Obama.
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A posse da cadeira líbia na ONU pelo CNT é altamente simbólica e representa um ponto de partida para a Líbia pós-Kadhafi.
As Nações Unidas também suspenderam uma parte dos bens líbios congelados para auxiliar o processo de reconstrução. Uma missão da ONU será enviada ao país por três meses, a fim de apoiar a redação de uma Constituição e a preparação de eleições. Neste domingo, o CNT deve anunciar a formação de um governo de transição.
A decisão do Conselho de Segurança da ONU provocou reações negativas de alguns países. África do Sul, Congo e Venezuela, por exemplo, se recusam a reconhecer uma iniciativa que consideram como um protecionismo da OTAN.
Medidas
As sanções contra a Corporação nacional do petróleo líbio e a companhia petrolífera Zweitina foram suspensas; o mesmo para o Banco Central líbio, a Lybyan Arav Foreign Bank, a Autoridade Líbia de Investimento e a empresa de investimentos Libyan African Investment Portfolio.
O embargo de armas foi suavizado para as armas leves destinadas à manutenção da ordem. Já a zona de exclusão aérea não foi abolida. Os aviões comerciais poderão circular depois de comunicarem seus planos de voo, mas o mandato da OTAN permanece.
As sanções contra o ex-dirigente Muamar Kadafi, sua família e colaboradores também continuam.
Combates continuam
Se do lado diplomático as aberturas são concretas, em campo, os combatentes do novo poder continuam a enfrentar as forças pró-Kadafi: na sexta-feira, fizeram um retrocesso tático em Bani Walid, a 170 km a sudeste de Tripoli, mas avançaram em Syrte, a 360 km a leste da capital, depois de violentos combates.
Ajuda humanitária
Neste sábado, a Turquia enviou 22 toneladas de alimentos para a cidade de Bani Walid, onde cerca de 10 mil habitantes necessitam ajuda de urgência.
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