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Imprensa

Homem mais rico da China deve entrar no Comitê Central do Partido Comunista

O industrial mais rico da China, Liang Wengen, de 57 anos, está prestes a ser aceito no órgão mais importante do governo chinês. O Comitê Central do Partido Comunista, que lidera o país desde 1949, deverá pela primeira vez ter um empresário do setor privado, informam os jornais franceses desta terça-feira, em referência à notícia divulgada na imprensa chinesa.

O magnata chinês Liang Wegen, presidente do Grupo Sany
O magnata chinês Liang Wegen, presidente do Grupo Sany REUTERS/China Daily
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"Esta é sem dúvida uma pequena revolução na alta esfera do Partido Comunista", afirma Le Figaro, explicando que a confirmação deve ser feita no próximo congresso do partido em 2012. Figuras históricas do comunismo, Marx e Lenin ficariam de boca aberta com a notícia, já que, no passado, o PCC considerava os empresários como inimigos de classe e os seus filhos não podiam sequer ser admitidos numa universidade.

Com a globalização e a abertura do país ao mercado internacional, o ex-presidente Jiang Zemim autorizou, no ano de 2000, a participação de representantes das mais avançadas forças produtivas no partido. Mas, até hoje, os únicos grandes patrões a terem acesso ao comitê central pertenciam a empresas estatais, diz Le Figaro.

O jornal La Croix informa que Liang Wengen é presidente do grupo Sany e foi eleito pelas revistas Forbes e Hurun o homem mais rico da China, com uma fortuna estimada entre 9 e 11 bilhões de dólares. Ele se filiou ao PCC em 2004, pouco depois da entrada da sua empresa na bolsa de valores.

Segundo Le Figaro, o bilionário deve exercer uma função operacional e poderá até mesmo ser nomeado vice-governador da província de Hunan.

Resta saber se a notícia é um caso isolado e apenas uma jogada de mídia ou se anuncia uma nova tendência nos altos escalões do poder na China, conclui o jornal conservador.

Outros assuntos de destaque na imprensa francesa desta terça são a greve nacional de professores e as consequências da derrota da direita no Senado, que perdeu a maioria para a esquerda. Dois assuntos da atualidade que, se juntando à crise europeia, dão dor de cabeça ao presidente Nicolas Sarkozy, afirma o Libération.

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