Acesso ao principal conteúdo
Crise/ zona do euro

Bancos poderão perder até 50% dos títulos gregos

Nesta manhã, na véspera de uma reunião ministerial do G20, o ministério das Finanças da França afirmou que a contribuição dos bancos credores da dívida grega deverá ser “provavelmente mais alta” do que os 21% previstos inicialmente.

Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, falou ontem no Parlemento europeu, em Bruxelas.
Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, falou ontem no Parlemento europeu, em Bruxelas. Reuters/Francois Lenoir
Publicidade

Ontem, autoridades da Comissão Européia revelaram que os países da zona do euro vão pedir aos bancos que aceitem perder até 50% dos títulos da dívida grega. A solicitação faz parte de um grande plano para evitar a falência da Grécia e tentar colocar um ponto final à crise na moeda única europeia.

O novo plano prevê que os bancos aceitem aumentar os prejuízos com a dívida grega: até então, previa-se uma perda de 21% do valor devido pelo governo da Grécia, que agora passariam para até 50%. A sugestão deve ser debatida na próxima cúpula européia, em 23 de outubro. No segundo plano de salvamento da Grécia, aprovado em 21 de julho, estavam previstos 109 bilhões de euros a mais para ajudar o país a pagar as contas e um programa de reestruturação da dívida grega, baseado na contribuição voluntária das instituições financeiras.

As bolsas europeias abriram em ligeira queda e logo passaram para o positivo, confirmando o otimismo do mercado com o anúncio de que a União Europeia prepara um plano para recapitalizar os bancos para enfrentar o impacto de um eventual calote do governo grego, confrontado com uma grave crise econômica.

Na terça-feira, o Parlamento esloveno rejeitou o reforço do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, o que havia provocado nervosismo nas bolsas ontem. O voto poderá ser revertido em uma nova votação amanhã. Se aprovado por unanimidade entre os membros da zona do euro, o fundo poderá atingir 440 bilhões de euros, vistos como uma garantia de que os países europeus em dificuldades econômicas não estão à deriva.

Ontem, o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, pediu à Europa a “recapitalização urgente” dos bancos para acabar com o contágio da crise da dívida, que chegou a um nível “sistêmico”, reconheceu Barroso. Ele solicitou que os governos liberem a sexta parcela de ajuda emergencial à Grécia e acelerem a criação do Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), fundo permanente de resgate da zona do euro. Barroso espera que o mecanismo possa entrar em vigor em julho de 2012, um ano antes do previsto.

O braço executivo da UE disse que o ESM deveria entrar em operação em julho de 2012, e não em meados de 2013 como anteriormente planejado.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.