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Dilma/África

Em Angola, Dilma diz que relações com África são prioridade

A presidente Dilma Rousseff realizou hoje visita a Angola, última etapa de seu giro pela África. Ela participou, nesta quinta-feira, de uma sessão solene na Assembleia Nacional do país. Em seu discurso, transmitido ao vivo pela televisão angolana, ela afirmou que continuará priorizando as relações com o continente africano. Angola é um dos países considerados mais estratégicos para os interesses da iniciativa privada brasileira na África.

Presidenta Dilma Rousseff participa da Cerimônia de deposição de oferenda floral no monumento a Antonio Agostinho Neto, primeiro presidente da República de Angola .
Presidenta Dilma Rousseff participa da Cerimônia de deposição de oferenda floral no monumento a Antonio Agostinho Neto, primeiro presidente da República de Angola . Roberto Stuckert Filho/PR
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Com a colaboração de Felipe Schuery

Diante da Assembleia, Dilma afirmou que era uma honra discursar em um parlamento que se preocupa com a participação das mulheres, com mais de 39% de representação feminina, e com a diversidade, com a presença de vários partidos. Ela declarou que Angola é parte constitutiva da nacionalidade, da história e da diversidade étnica e cultural do Brasil.

“Quando um brasileiro vem à África, ele tem a oportunidade única de se encontrar com sua historia (...) Estamos irmanados no sentimento de justiça e na luta pela superação das desigualdades dentro de nossas fronteiras e no cenário internacional. Mas também nos une esta extraordinária alegria de nossos povos, nos dois lados do oceano Atlântico”, afirmou a presidente. Ela também declarou que o aprofundamento das relações do Brasil com o continente africano continuará sendo uma das prioridades da política externa brasileira.

“O crescimento de Angola, mesmo num momento de crise econômica, é fruto da tenacidade do povo angolano e da responsabilidade do governo do país, que vem adotando políticas equilibradas, enquanto partes do mundo desenvolvido, continuam a trilhar o caminho da insensatez”, disse Dilma.

Ela saudou o presidente, as deputadas e os deputados pela recente aprovação da nova Constituição angolana que, segundo ela, foi a conclusão de mais uma etapa do processo de consolidação e aprofundamento da democracia no país. Dilma também considerou de grande importância a iniciativa do presidente de anunciar eleições presidenciais em 2012.

Parcerias na área da educação

A presidente afirmou que um dos exemplos mais expressivos da relação entre os países é no campo da educação. “Como resultado da parceria estabelecida na área do ensino superior, desde 2000, centenas de estudantes angolanos foram admitidos em cursos de graduação ou pós-graduação no Brasil.” Ela disse que essa integração deve aumentar depois da criação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), em Redenção, no Estado do Ceará, e com a expansão do programa de bolsa de estudos que irá facilitar o intercâmbio de estudantes e professores entre os dois países.

Dilma lembrou que em 2010, Angola foi o terceiro maior mercado dos produtos brasileiros na África. E o quarto maior exportador africano para o Brasil e que os mais de três milhões de dólares disponibilizados pelo Brasil, fazem de Angola, o maior beneficiário de créditos no âmbito do fundo de garantia de exportações, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Ela declarou que, sempre que for necessário, esse fundo será ampliado.

Antes do discurso na Assembleia, Dilma se reuniu com lideranças femininas angolanas em Luanda, entre elas, as ministras do Planejamento, Ana Afonso Dias Lourenço, e da Cultura, Rosa Maria da Cruz e Silva. Ela também depositou uma oferenda floral no Monumento a Antonio Agostinho Neto, primeiro presidente da Angola. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer o governo independente de Angola em novembro de 1975.

 

01:39

Ouça trecho de discurso de Dilma na Angola

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