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Imprensa

Jornais comentam papel da França na queda do regime de Kadafi

A morte do ex-ditador líbio Muammar Kadafi é o assunto principal dos jornais franceses, que trazem todos manchetes muito parecidas. O papel da França na queda do regime líbio é analisado de diferentes maneiras pelos jornais.

Jornais comentam papel da França na queda do regime de Kadafi.
Jornais comentam papel da França na queda do regime de Kadafi. REUTERS/Zohra Bensemra/Files
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"Kadafi, o fim", diz o título de Le Figaro. "Fim de um tirano", anuncia Libération, que traz uma capa toda negra com uma imagem de Kadafi ensanguetado e dedica dez páginas à trajetória e à queda do ex-líder da Líbia. "O fim de um ditador", diz o católico La Croix. "Kadafi, o tirano reduzido ao silêncio", é o título de L'Humanité, e "O fim de Kadafi" é a manchete de Aujourd'hui en France.

O conservador Le Figaro afirma em editorial que "a morte de Kadafi é um momento histórico para a Líbia e, além dela, para o movimento de revolta contra a tirania que percorre o mundo árabe". O jornal comemora o fato de que não tenha sido necessário esperar oito anos, como no Iraque após a queda de Saddam Hussein, e afirma que se Kadafi tivesse sobrevivido ele teria se tornado um "grave fator de instabilidade" para a nova Líbia. Le Figaro conclui dizendo que "a aposta audaciosa de Nicolas Sarkozy se mostra, hoje, totalmente justificada. A França teve razão ao ignorar os eternos céticos e tomar a frente da comunidade internacional. Sem sua ação firme, o tirano ainda estaria bloqueando a marcha da História."

Já o progressista Libération diz que o novo regime líbio terá que se explicar sobre as condições da morte do ex-ditador se quiser manter sua credibilidade, assim como a França, que bombardeou o comboio de Kadafi. "O Ocidente e a França podem festejar sua queda, mas trata-se do mesmo homem que acampava em frente ao Palácio do Eliseu e era recebido por Nicolas Sarkozy, há somente quatro anos, como um chefe de Estado respeitável e bom cliente da indústria francesa", diz o editorial do jornal. Libération defende ainda que os países ocidentais que se deram o direito de intervir na Líbia agora têm a responsabilidade de exigir do novo governo o respeito à democracia e aos direitos humanos.

Para o diário comunista L'Humanité, a Líbia pós-Kadafi está "entre alegria e preocupações". O católico La Croix lembra em seu editorial que a tarefa mais difícil para os vencedores será "reconstruir esse país, dotado de riquezas mas muito pouco preparado para um funcionamento democrático e pacífico".

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