Acesso ao principal conteúdo
Síria/crise

França e Turquia pedem mais sanções contra governo sírio

Na véspera do fim do ultimato imposto pelos países árabes, as forças policiais de Bachar Al Assad mataram pelo menos uma dezena de pessoas, incluindo uma criança, na dura repressão contra os opositores do regime. A Liga Árabe exige o fim da violência e França e Turquia pedem pais sanções contra a Síria.

Manifestante sírio anti-Bachar al Assad exibe as mãos com a bandeira da Síria.
Manifestante sírio anti-Bachar al Assad exibe as mãos com a bandeira da Síria. REUTERS/Majed Jaber
Publicidade

O presidente da Síria, Bachar Al Assad está “surdo” e não ouve a comunidade internacional. Essa é a conclusão do chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, e do premiê francês, François Fillon. “Apesar de todos os apelos por reforma que foram feitos a esse regime, ele os ignora », disse Juppé em uma entrevista coletiva concedida com o seu homólogo turco Ahmet Davutoglu.

Para o chanceler francês, a situação tornou-se “intolerável”. “Chegou o momento de unirmos nossos esforços para aumentarmos as sanções contra o regime de Bachar Al Assad para que o banho de sangue termine”, disse Juppé. Apesar da repressão, os manifestantes continuam a protestar. Essa sexta-feira foi batizada pelos opositores do regime como o "dia de expulsão dos embaixadores". Essa é uma referência aos partidários do regime apelidados de "embaixadores do crime", que, segundo a oposição, são os responsáveis pelo aumento da violência e pelos ataques contra as representações diplomáticas estrangeiras no país.

Pressão

A França, aliada ao Reino Unido, a Alemanha e diversos países árabes, espera encaminhar uma resolução condenando a Síria para voto na próxima terça-feira. Segundo estimativas das Nações Unidas, 3.500 pessoas já morreram em confrontos com as forças de repressão sírias desde o começo da insurreição popular há oito meses.

A Turquia também partilha a mesma posição da França e defende que o Conselho de Segurança das Nações Unidas avalie seriamente a situação no país e estude maneiras de intervir. “Em vez de escutar a população, a administração síria ataca o seu próprio povo”, lamentou o chanceler turco. Davutoglu, porém, desconversou quando questionado sobre a possibilidade de instalar uma zona de exclusão aérea na fronteira síria. Antiga aliada, a Turquia tentou, sem sucesso, mediar as negociações com Al Assad e terminou por romper relações com o país.

Membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a Rússia é menos enfática ao propor mais sanções. O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, declarou nesta sexta-feira que é preciso ser « cometido e prudente » em relação à questão síria. Segundo ele, essa é a posição oficial russa .

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.