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Petróleo/Catástrofe

Jornal francês destaca lições do acidente da Chevron no Brasil

O jornal Le Monde desta terça-feira traz um artigo sobre as lições do vazamento de petróleo do dia 7 de novembro em um dos poços offshore das costas brasileiras, explorado pela empresa americana Chevron. Segundo o jornal, mesmo que o problema esteja quase controlado, seus efeitos continuam sendo sentidos.

Vista aérea do desastre ecológico causado na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, pelo vazamento num posto de extração petrolífera da Chevron.
Vista aérea do desastre ecológico causado na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, pelo vazamento num posto de extração petrolífera da Chevron. REUTERS/Rogerio Santana/Handout
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O Le Monde cita as investigações lançadas pelo governo brasileiro sobre o vazamento de petróleo nas costas do Rio de Janeiro. O grupo petrolífero Chevron, cujas explorações estão suspensas há uma semana, é suspeito de ter falsificado informações e minimizado a catástrofe.

Segundo Le Monde, o caso é um teste nacional para o governo brasileiro, em um momento em que o país tem a ambição de explorar as gigantescas jazidas do "pré-sal", descobertas em 2007, que se encontram a 7.000 m de profundidade sobre uma espessa camada de sal, nas costas do Rio de Janeiro e de São Paulo.

O diário francês diz que a controvérsia entre os responsáveis americanos e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) “provocou a ira da presidente Dilma Rousseff”. Primeiramente a Chevron afirmou que o vazamento de, 2.400 barris, quase 317 toneladas de petróleo, no oceano, entre os dias 8 e 15 de novembro, era devido a um fenômeno natural. Mas a ANP, contradisse as informações da Chevron estimando o vazamento em 3.000 barris.

Fabio Scliar, delegado responsável pelas investigações, citado pelo Le Monde, acusou a empresa americana de ter deliberadamente ocultado certas informações para ganhar tempo. Segundo o jornal, Scliar também suspeita que o número dois americano do petróleo ignore as leis de imigração e contrate, para trabalhar em suas plataformas, mão de obra estrangeira sem advertir as autoridades brasileiras. Uma acusação desmentida pelos advogados da empresa.

A ANP lançou um processo visando a infringir duas multas à Chevron por "falsificação de informações" e por não dispor de material adequado para combater a maré negra. Elas poderiam chegar a 50 milhões de reais cada uma. O Rio de Janeiro anunciou uma ação na justiça por "atentado a biodiversidade marinha", cuja indenização poderia chegar a 100 milhões de reais.

Por hora, somente o Ibama infringiu à empresa uma multa de 50 milhões de reais, o máximo autorizado pela lei para problemas ligados ao meio ambiente.
 

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