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Escândalo/DSK

Em livro, Strauss-Khan apresenta sua versão para escândalo sexual

O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss-Kahn revelou em um livro escrito pelo jornalista Michel Taubmann a sua interpretação para o escândalo sexual do hotel Sofitel de Nova York. Nos trechos publicados nesta quinta-feira pela imprensa francesa, ele afirma que a relação com a camareira Nafissatou Diallo foi “consentida” e confessa o gosto por orgias. 

O ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn.
O ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn. REUTERS/Charles Platiau
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O livro “Contre-Enquête” (contra-investigação, em português) é uma longa entrevista concedida por Dominique Strauss-Kahn ao jornalista Michel Taubmann. Pela primeira vez, DSK dá detalhes sobre a manhã do dia 14 de maio no quarto do luxuoso hotel nova yorkino. Na versão do francês, o ato sexual durou seis a sete minutos e foi mutuamente consentido. Ao sair nu do chuveiro, diz Strauss-Kahn , seu olhar cruzou o da camareira e ele foi subitamente seduzido. “Ela [Nafissatou Diallo] o olha nos olhos. Depois, ela olha para o seu sexo. A carne é fraca. Dominique Strauss-Kahn entendeu [que o olhar] era uma proposta. Raramente na sua vida, ele recusou a possibilidade de ter um momento de prazer”, descreve o autor.

Em outras passagens publicadas pela revista Paris Match, Strauss-Kahn argumenta que, de fato, aprecia festas eróticas, mas tem “horror de prostituição”. “Na imprensa, associam meu nome à prostituição. Isso é insurpotável . Participei de orgias, é verdade. Mas, geralmente, as participantes desse tipo de festa não são prostitutas”, argumenta DSK.

O ex-diretor do FMI aparece em uma lista de personalidades que teriam participado de um esquema de prostituição do hotel Carlton, na cidade de Lille (norte da França). Ele nega a acusação e reafirma que não participou de nada “ilegal”. “Quando alguém te apresenta uma amiga, você não pergunta se ela é prostituta. Quando você é convidado para uma festa, você não pede para ver a conta nem verifica se é seu amigo ou a empresa dele que está pagando”.

Teoria do complô

O livro retoma a tese de que no caso DSK-Diallo houve um complô contra o então chefe do FMI e que a atitude da camareira foi suspeita. Segundo o texto de Taubmann, a chave eletrônica da camareira revela que Nafissatou Diallo já havia passado três vezes pela suíte de DSK entre 10 horas e meio-dia. Ou seja, antes do horário do encontro com o francês. « Por que esse quarto precisa ser visitado quatro vezes em duas horas para ficar limpo?”, questiona-se o autor do livro.

Para os advogados de Diallo, o relato de Strauss-Kahn é “puro delírio” e que suas afirmações sobre a relação sexual consentida com a camareira do Sofitel são “absurdas”. A defesa também contesta as insinuações de que ela teria roubado o telefone celular de DSK ou que teria fornecido informações a adversários políticos do socialista.

 

 

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