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Acordo de Sarkozy e Merkel vai trazer mais disciplina à zona do euro, dizem jornais

As medidas anunciadas ontem pelo presidente francês Nicolas Sarkozy e a chefe de governo da Alemanha, Angela Merkel vão refundar a Europa e trazer mais rigor e disciplina à zona do euro, informam os jornais que circulam nesta terça-feira na França. A imprensa também destaca que a principal agência de classificação de risco colocou em perspectiva negativa os seis países europeus que têm o famoso triplo A.

O presidente francês Nicolas Sarkozy recebe a chanceler alemã Angela Merkel no Palácio do Eliseu, em Paris.
O presidente francês Nicolas Sarkozy recebe a chanceler alemã Angela Merkel no Palácio do Eliseu, em Paris. Reuters
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O Le Figaro resume em sua manchete os três principais pontos acordados entre o francês Sarkozy e a alemã Angela Merkel: as sanções automáticas aos países que não respeitarem o equilíbrio de seus orçamentos, uma cúpula mensal da zona do euro para relançar a economia do bloco e um novo tratado a ser adotado pelos 27 países da União Europeia ou pelos 17 que compõem a zona do euro.

Em editoral, o Le Figaro afirma que não se trata de mais uma etapa de encontros sobre a crise das dívidas. Desta vez, o acordo franco-alemão vai permitir uma reformulação da zona do euro e de todo o bloco europeu, escreve o jornal conservador.

Para oLibération, o compromisso estabelecido pelo casal "Merkozy", uma contração de Merkel e Sarkozy, reforça o rigor fiscal para colocar a zona do euro na linha. Em editorial, o jornal escreve que o encontro produziu boas notícias.

Para o Libération, a França aceitou uma melhor integração fiscal mas também deixou claro para os alemães que sanções não podem substituir negociações políticas. Apesar disso, o Libération afirma que falta uma perspectiva global nas propostas e que só a esquerda é capaz de relançar a economia sem renunciar ao rigor.

O católico La Croix observou que no momento em que a Itália anuncia um novo plano de austeridade, a França e a Alemanha querem impor aos tratados europeus uma gestão rigororosa das finanças dos países.

O Les Echos preferiu destacar a decisão da Agência de classificação de risco Standard and Poor's de colocar em perspectiva negativa todas as seis economias europeias que têm o chamadao triplo A, a nota máxima usada pelas agências para avaliar a saúde financeira de um país e sua capacidade de honrar suas dívidas.

Isso apesar das novas medidas anunciadas por Merkel e Sarkozy que vão encaminhar amanhã uma carta a seus parceiros europeus que vão decidir se aceitam ou não as propostas de Paris e Berlim, lembra o Les Echos.

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