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Times/Personalidade do ano

Para revista Time, o "manifestante" é a personalidade do ano

"O manifestante" foi escolhido como a « personalidade do ano » pela revista americana Time. Essa foi a homenagem que a revista fez a todos os que protestaram nesse ano de 2011-do Oriente Médio a Moscou, passando pelas manifestações anti-capitalistas de Wall Street.

Manifestantes em protesto contra o conselho militar egípcio no Cairo.
Manifestantes em protesto contra o conselho militar egípcio no Cairo. REUTERS/Esam Al-Fetori
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Da primavera árabe ao movimento “Ocupem Wall Street”. Esse é o destaque da capa da edição especial da revista Time. “O manifestante foi escolhido neste ano por captar e sublinhar um sentimento mundial de esperança, por ter derrubado governos e idéias prontas, por ter combinado as técnicas mais antigas com as tecnologias mais modernas e realçar a dignidade humana para um planeta mais democrático, embora, às vezes, mais perigoso nesse século 21”, escreve a revista.

No editorial, a Time afirma que a tradição de protestos atravessou o século 20. As marchas peos direitos civis dos negros nos Estados Unidos nos anos 60, as passeatas pelo fim da Guerra do Vietnã, a Revolução dos Cravos em Portugal, os protestos contra a proliferação nuclear nos Estados Unidos e na Europa nos anos 80 e a luta contra a ocupação israelense na Faixa de Gaza são alguns momentos marcantes citados pela revista.

Mas, para a revista, esse ano teve a peculiaridade de derrubar regimes duros como o de Muamar Kadaffi e de outros ditadores árabes como Hosni Mubarak. “Essas pessoas já mudaram a História e o futuro”, avalia Rick Stenel, diretor de redação da Time.

A premiação da revista foi lançada em 1927. No ano passado, a personalidade do ano foi o fundador da rede social Facebook, Mark Zuckerberg, e, em 2009, o presidente do Fed (banco central dos EUA), Ben Bernanke. Neste ano, estavam no páreo da premiação: esposa do príncipe William, Kate Middleton, o almirante William McRaven, chefe da missão que matou o terrorista Osama bin Laden.

A lista de pessoas que marcaram o ano também é bastante eclética com nomes como o do jogador do Barcelona Lionel Messi, da chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o ex-chefe do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Khan.

Nobel da Paz europeu

O Parlamento Europeu também homenageou os heróis da primavera árabe ao entregar, nesta quarta-feira, o prêmio Sakharov a cinco militantes das revoluções deste ano na região. O Sakharov é conhecido como uma espécie de Nobel da Paz. No entanto, a entrega foi feita sem a presença de dois homenageados sírios, que não puderam deixar o país para a cerimônia.

 

 

 

 

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