Associações turcas pedem aos deputados franceses para não se intrometer na questão do genocídio armênio

O diário conservador Le Figaro destaca a crise aberta entre a França e a Turquia com a proposta de um deputado governista de apresentar um texto na Assembleia francesa propondo punição se a Turquia continuar a negar o genocídio armênio durante a Primeira Guerra Mundial.

Nicolas Sarkozy recebe o presidente armênio Serge Sarkissian no Palácio do Eliseu, no dia 28 de Setembro de 2011. REUTERS/Charles Platiau

Le Figaro afirma que o governo turco estuda represálias políticas e econômicas, caso os deputados franceses decidam reprimir penalmente a negação do genocídio. O jornal revela que o presidente Nicolas Sarkozy prometeu em outubro ao presidente armênio, Serge Sarkissian, lutar pelo reconhecimento do massacre que deixou 1,5 milhão de mortos.

Um comitê de associações franco-turcas publica um comunicado de página inteira no Le Figaro, endereçado aos deputados franceses, questionando o projeto de lei. As associações consideram que não cabe aos políticos franceses decidir sobre um tema complexo e sensível como o genocídio armênio. O assunto deveria ficar na alçada dos historiadores e dos governos da Turquia e da Armênia, diz o comunicado.

O jornal Libération, que revelou ontem a possível extração das próteses mamárias da marca PIP em 30 mil mulheres francesas, volta a pressionar o governo para que anuncie logo sua decisão de cobrir os custos das cirurgias.

Para os franceses, a principal manchete do dia é a contratação do inglês David Beckham pelo PSG, do diretor técnico brasileiro Leonardo. L'Equipe escreve em sua capa "Acolhida de rock star" e o jornal Le Parisien diz em título que Beckham disse sim ao Paris Saint Germain.

Na verdade, com aproximação das festas de final de ano as edições dos jornais vão ficando menores.