Pesquisa revela que franceses querem propostas mais concretas dos candidatos à presidência

O diário católico La Croix dedica sua capa de hoje ao resultado de uma pesquisa de opinião sobre as expectativas dos franceses em relação aos candidatos às eleições presidenciais de 2012. Segundo o jornal, 24 % dos entrevistados consideraram que o socialista François Hollande é quem propõe as melhores soluções aos problemas cotidianos.

Pesquisa revela preferências dos franceses para as eleições presidenciais de 2012. Reuters

Em segundo lugar, o atual presidente Nicolas Sarkozy é o preferido de 20% dos eleitores. Já as propostas de Marine Le Pen, do partido de extrema-direita Frente Nacional, agradam a 16% das pessoas que responderam à pesquisa.

A sondagem de opinião também indica que 72% dos franceses consideram que a campanha eleitoral traz respostas "bastante" ou "muito distantes" das preocupações deles. A grande maioria dos entrevistados gostaria que os candidatos priorizassem a questão do emprego.

Em seu editorial, La Croix afirma que os franceses querem propostas "concretas" e que o grande desafio dos candidatos à presidência é romper com a imagem de uma elite que vive distante da realidade dos eleitores mais modestos.

De acordo com o diário, os entrevistados em situação precária e com menor nível de escolaridade tendem a votar em Marine Le Pen, pois têm a impressão de que ela "fala para eles e sobre eles".

Economia

O jornal conservador Le Figaro dedica sua manchete principal ao que muda no sistema fiscal francês em 2012, depois que o conselho constitucional validou ontem o orçamento e os aumentos de impostos previstos para o próximo ano.

Já Les Echos explica a seus leitores por que o preço do petróleo resiste à recessão. Segundo o diário econômico, o fenômeno se deve em grande parte às tensões geopolíticas, como a ameaça feita pelo Irã de fechar o estreito de Ormuz, por onde passa cerca de um terço do tráfego mundial de petróleo, a primavera árabe, que provocou uma queda na produção líbia e obrigou a Arábia Saudita a aumentar suas despesas orçamentárias, e a demanda sempre alta dos países emergentes.

"Prostituição: O debate hipócrita", diz a manchete do jornal de esquerda Libération sobre um projeto de lei francês para penalizar os clientes de prostitutas. O texto prevê uma pena máxima de dois meses de prisão e até € 3.750 de multa. "O projeto de lei preocupa policiais e juízes, que o consideram ineficaz, e revolta as prostitutas", explica Libération.