Marinha retoma buscas no Costa Concordia
Nesta segunda-feira, a marinha de guerra da Itália abriu novas brechas na carcaça do navio de cruzeiro Costa Concordia para possibilitar a busca de corpos de pessoas desaparecidas depois do naufrágio no dia 13 de janeiro, perto da ilha de Giglio, na Toscana. A retirada do navio da frente da ilha pode levar entre sete e dez meses.
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Mergulhadores com escafandros inseriram microcargas explosivas na ponte número 5 do Costa Concordia, a 20 metros de profundidade do mar. O objetivo da operação foi abrir espaços para os homens poderem entrar nessa parte do navio e vasculhar a área à procura de corpos.
As condições meteorológicas - ventos e ondulações fortes - que deslocaram o navio no domingo e obrigaram as equipes de socorro a suspenderem as operações, melhoraram nesta segunda-feira.
O coordenador das operações na ilha de Giglio, Franco Gabrielli, calcula que o balanço final da tragédia deve ser de 32 vítimas fatais.
Até hoje, foram encontrados 17 corpos, dos quais 16 foram identificados. Quinze pessoas ainda estão desaparecidas. As autoridades italianas consideram a recuperação dos corpos para as famílias como um imperativo moral.
Poluição
Além da busca dos corpos, a preocupação maior do governo são as operações para a extração de cerca de 2.400 toneladas de combustível do interior da carcaça, que também contém dezenas de litros de substâncias poluentes como óleo de cozinha, detergentes, cloro, tintas e até alimentos em decomposição. As operações ainda não começaram devido às condições meteorológicas desfavoráveis.
No domingo, o responsável pela Defesa Civil italiana, Franco Gabrielli, declarou que a retirada do navio da frente da ilha pode levar entre sete e dez meses. A remoção será realizada pela companhia holandesa Smit, a mesma que recuperou o submarino nuclear russo Kursk, no ano 2000.
A notícia da demora da retirada do navio do local é preocupante para a economia dos 800 habitantes da ilha que, no verão, recebem cerca de 5.000 turistas. Um grupo de moradores, entre eles, muitos donos de restaurantes e hotéis, anunciou a formação de uma comissão cívica para defender os interesses locais.
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