Peugeot-Citröen e General Motors anunciam aliança estratégica
Os construtores de automóveis General Motors e PSA Peugeot-Citröen anunciaram na quarta-feira a noite a criação de uma aliança estratégica global. As empresas vão se aliar para produzir em conjunto algumas peças dos carros. Mas a aproximação gera temores na Europa sobre uma possível supressão de empregos.
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As sinergias totais esperados da aliança são estimadas em aproximadamente 2 bilhões de dólares em cerca de cinco anos. “É uma alinaça, não uma fusão”, comentou durante uma conferência telefônica Dan Akerson, o presidente da GM, que será o segundo acionário da PSA, com 7% do capital da empresa.
“A PSA continua independente, sobre o plano estratégico e em relação ao capital”, asseguraou o presidente do grupo, Philippe Varin.
Os dois grupos vão compartilhar plataformas de produção da parte “não visível” dos carros (como chassis, por exemplo), mas cada construtor vai continuar a vender utilizando a própria marca “de maneira independente e concorrencial”, afirma um comunicado conjunto.
GM e PSA começarão a trabalhar juntas em carros de passeio, de pequeno e médio porte, monovolumes e crossovers. As empresas também consideram o desenvolvimento de uma nova plataforma comum para veículos de baixa emissão de CO2.
O interesse é o “de reduzir os custos ligados ao desenvolvimento de novas tecnologias e às emissões de CO2 e ganhar eficiência”. Os primeiros automóveis construídos nas plataformas comuns serão comercializados a partir de 2016.
Outra cláusula da aliança prevê que os dois grupos mutualizem compras de bens e serviços, criando uma co-empresa, prevendo um “volume de compras combinado de 125 bilhões de dólares”. No total, a GM deve injetar cerca de 300 bilhões de euros no grupo PSA e sua participação será bloqueada em 7% no máximo.
Empregos
Os dois grupos não se pronunciaram sobre eventuais supressões de empregos e fechamentos de fábricas ligados à aliança. O ministro francês da Indústria Eric Besson anunciou ter obtido da PSA a confirmação de que a aliança seria “favorável” ao emprego no grupo na França.
Philippe Varin precisou que a aliança teria impacto nas atividades de pesquisa e desenvolvimento, as áreas de produção não seriam afetadas.
Mas ele preveniu que o acordo exigiria que os dois grupos fizessem esforços “necessários”, segundo ele, para reduzir suas capacidades de produção.
Segundo informações da imprensa, a GM já estaria prevendo reduções de postos e fechamentos potenciais de fábricas na Europa, onde o grupo é representado pela alemã Opel.
Os representates dos trabalhadores da Opel reagiram imediatamente ao anuncio pedindo uma repartição igualitária das “chances e dos riscos” com a PSA.
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