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BRICS/Nova Délhi/Empresas

Empresas brasileiras buscam aumentar participação no mercado indiano

A presidente Dilma Rousseff chega nesta terça-feira à Índia com uma delegação de 60 empresários organizada pela Câmara de Comércio Índia Brasil, com sede em Minas Gerais. Executivos de grandes empresas vão participar do Fórum Empresarial do BRICS, evento paralelo à reunião de líderes, que oferece oportunidades de prospecção de negócios e parcerias no interior do grupo. Rússia, China e África do Sul também trazem uma importante delegação de investidores à capital indiana.

Cartaz oficial da missão empresarial da Câmara de Comércio Índia Brasil.
Cartaz oficial da missão empresarial da Câmara de Comércio Índia Brasil. http://www.indiabrazilchamber.org/
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Em entrevista à RFI, o diretor-executivo da Câmara de Comércio Índia Brasil, Leonardo Ananda Gomes, disse que os dois países têm trabalhado para intensificar os investimentos bilaterais desde a primeira visita do ex-presidente Lula à Índia, em 2004, e a abertura da política externa brasileira aos países do sul. O esforço tem dado resultado. A balança comercial bilateral saltou de US$1 bilhão em 2004 para quase US$ 10 bilhões em 2011.

Gomes diz que os dois países têm necessidades e problemas semelhantes. Ambos precisam investir em infraestrutura, com a Índia extremamente necessitada em desenvolver os setores de energia elétrica, abastecimento de água e gás, construção de estradas, ferrovias e urbanização. Existem excelentes perspectivas de parcerias em TI, software, aviação, produtos farmacêuticos, fabricação de carros e motocicletas. A siderurgia é outro polo de atração.

O diretor-executivo da Câmara lamenta que a Índia seja tão burocrática quanto o Brasil, e afirma que ainda existem obstáculos para superar como a distância geográfica, que encarece o transporte de cargas, e barreiras tarifárias em alguns setores. Ao mesmo tempo, ele elogia algumas políticas do governo indiano de incentivo à atividade empresarial. Segundo Gomes, a carga tributária costuma ser baixa nos primeiros anos de atividade para facilitar os investimentos de ampliação do negócio. O governo Singh também mantém baixo o custo da mão de obra, para estimular o mercado de trabalho, o que permite às empresas investimentos em qualificação de pessoal.

Gomes reconhece que as empresas indianas estavam mais bem preparadas para atuar no mercado globalizado e há mais tempo do que as brasileiras, o que explica em parte o contraste entre o número de empresas indianas no Brasil, cerca de 30, contra apenas umas dez brasileiras na Índia.

Entre as empresas brasileiras que vão participar do Fórum Empresarial do BRICS estão Vale, Petrobras, Embraer, Stefanini Soluções em TI, as construtoras Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão, Acelor Mittal, a mineira Petra Energia, a gaúcha Perto, entre outras.

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