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BRICS/Nova Délhi

Jornal indiano incita BRICS a adotar moedas do grupo nas trocas comerciais

A imprensa indiana aborda hoje questões de fundo que serão discutidas entre os líderes do BRICS esta semana. O jornal The Economic Times afirma em editorial que para o grupo ampliar as trocas internas, e se desenvolver mais rápido, deveria adotar suas próprias moedas nas transações comerciais.

O yuan e o dólar desvalorizados distorcem o comércio internacional.
O yuan e o dólar desvalorizados distorcem o comércio internacional. Reuters
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Adriana Moysés, enviada da RFI à Nova Délhi

Hoje, escreve o Times, os BRICS absorvem 53% do fluxo de capitais externos e respondem por 18% do comércio global. No sistema de cinco moedas, o comércio e os investimentos de um país no outro seriam feitos em real, rupia indiana, yuan chinês, rand sul-africano e rublo russo.

Na opinião do diário, o sistema oferece várias vantagens, como diversificar as reservas dos BRICS, diminuir a dependência de moedas de referência como o dólar e o euro e proteger as moedas locais de choques externos vindos da Europa e dos Estados Unidos.

A China, que tem um forte excedente comercial com a Índia, no início acumularia mais rupias, escreve o The Economic Times, mas depois poderia usar as reservas indianas para pagar importações brasileiras ou petróleo russo. Quando o mercado intra-BRICS for suficientemente forte, outras inovações virão e os países do grupo poderão adotar taxas de câmbio mais flexíveis, destaca o jornal.

Para o Times, a crise na zona do euro demonstra que a união monetária não é uma boa opção. « É impossível para países com uma tal diversidade de políticas macroeconômicas e fiscais se adaptar a uma política monetária única », conclui o editorial. O assunto está em discussão entre os líderes do BRICS.

 

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