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Farc/ Colômbia

Missão humanitária deve resgatar últimos reféns das Farc

Uma missão humanitária parte nesta segunda-feira para a selva colombiana com o objetivo de resgatar os mais antigos reféns das Farc que prometeu liberar o grupo em um gesto de paz. Dois helicópteros do exército brasileiro participam desta missão organizada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha e pela Ong Colombianos pela paz e presidida pela ex-senadora Piedad Córdoba.

Familiares dos reféns das Farc mostram cartazes durante a missa de ramos celebrada em Villavicencio, na Colômbia, no dominto (01).
Familiares dos reféns das Farc mostram cartazes durante a missa de ramos celebrada em Villavicencio, na Colômbia, no dominto (01). REUTERS
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A missão decola de Villavicencio, ao sul de Bogotá, e deve levar para a capital o grupo de 10 pessoas. Em troca, o exército colombiano se comprometeu a suspender as operações militares no local onde serão liberados os reféns. Entre os reféns estão seis policiais e quatro militares que ficaram presos por mais de doze anos.

“Não sei quem será libertado primeiro, mas a operação será realizada em duas fases: segunda-feira e quarta”, disse Piedad Córdoba ao chegar a Villavicencio no domingo a tarde. Desde 2008, a ex-senadora mediava a liberação de 20 reféns políticos ou policias e militares que a guerrilha mantinha seqüestrados por seu valor de “câmbio” na troca por guerrilheiros presos.

Para a operação, foram suspensas as ações militares na zona. De Villavicencio, os libertados serão levados à Bogotá, onde receberão cuidados médicos.

Outros reféns políticos ou militares foram resgatados em outras operações, entre eles a ex-candidata a presidente Ingrid Betancourt, em 2008.

Familiares dos policiais e militares sequestrados estão em Villavicencio, onde, no final da tarde de domingo, participaram de uma missa de ramos, celebrada na Catedral de Nossa Senhora do Carmem, na qual pediram pelo fim dos sequestros na Colômbia. Eles mostraram cartazes com fotos dos reféns, que também foram colocados no aeroporto e nas ruas da cidade.

Também estão em Villavicencio a guatemalteca Rigoberta Menchú, prêmio Nobel da Paz, a ativista mexicana para os direitos humanos Margarita Zapata e a argentina Mirta Acuña, fundadora das Mães da Praça de Maio, convidadas pela Ong Colombianos e colombianas pela paz.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia são a principal guerrilha da Colômbia com quase 9.000 guerrilheiros e quase meio século de luta armada, segundo cálculos oficiais.

O grupo de dez policias e militares é o último que as Farc diz manter em seu poder. A guerrilha prometeu cessar o seqüestro de civis.

Recentemente as FARC planejaram um diálogo com o governo do presidente Juan Manuel Santos, que exige o fim dos seqüestros, dos atentados e do recrutamento de menores.
 

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