Titanic será protegido como patrimônio pela Unesco

No ano em que são celebrados os cem anos do naufrágio do Titanic, os destroços do navio passam a ser protegidos por uma Convenção da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a UNESCO, para o patrimônio subaquático. O anúncio foi feito pela organização em um comunicado, na quinta-feira.

Uma das cabines da primeira classe do Titanic representada na exposição Titanic Belfast building, em Belfaste. REUTERS

“Os destroços do Titanic estão a aproximadamente 4.000 metros de profundidade, perto da ilha de Terra-Nova (no Canadá). O navio se encontra em águas internacionais, nenhum Estado pode reivindicar uma jurisdição exclusiva sobre o lugar”, lembrou a organização.

Os Estados que fazem parte da Convenção poderão proibir a destruição, o roubo, a venda e a dispersão de objetos encontrados no navio. As águas onde o navio naufragou estão poluídas pelos detritos de barcos que navegam na região. Flores de plástico e placas comemorativas também foram colocadas no Titanic. Expedições são organizadas regularmente para buscar peças que são expostas em museus ou roubadas.

Segundo a Unesco, o Titanic não podia beneficiar da proteção da Convenção para a proteção do patrimônio cultural subaquático adotada em 2001, porque ela se aplica somente aos vestígios submersos há pelo menos 100 anos. A Convenção entrou em vigor no dia 2 de janeiro de 2009 e foi assinada por 41 Estados.

O Titanic afundou na costa da ilha de Terra Nova, no Canadá, durante sua viagem inaugural de Southampton, na Grã Bretanha, à Nova York, depois de ter batido em um iceberg na noite do 14 de abril de 1912. Mais de 1.500 pessoas morreram entre os 2.200 passageiros.