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Imprensa francesa

Voto de eleitores indecisos é uma das incógnitas na eleição francesa

A três dias das eleições presidenciais na França, o jornal Le Figaro informa que 23% dos eleitores no país ainda estão indecisos e o voto deles é uma grande incógnita na votação do primeiro turno. Com base na estimativa da taxa de abstenção, uma pesquisa calculou entre 6 e 8 milhões o número de franceses que ainda hesitam em escolher seu candidato. E o voto desses indecisos pode ser determinante, afirma o jornal.

Imprensa francesa desta quinta-feira destaca o papel dos indecisos nas eleições presidenciais francesas.
Imprensa francesa desta quinta-feira destaca o papel dos indecisos nas eleições presidenciais francesas. REUTERS / montage RFI
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Especialistas ouvidos pelo Le Figaro afirmam que um eleitor indeciso na França normalmente se posiciona entre dois blocos políticos, o da direita ou esquerda. O que significa que ele hesita entre candidatos de uma mesma tendência política. Tradicionalmente, o perfil desses eleitores revela que eles são principalmente jovens com menos de 35 anos, pouco interessados em política e com baixo nível de estudos.

Avaliando os resultados das últimas sondagens, especialistas constatam, no entanto, que por causa da diferença de votos, nenhum candidato será capaz de alcançar o presidente Nicolas Sarkozy nem o socialista François Hollande que devem se enfrentar no segundo turno.

O Libération dedica sua manchete principal à candidata de extrema-direita, Marine Le Pen. Dificilmente ela irá passar ao segundo turno como seu pai Jean-Marie Le Pen nas eleições de 2002, escreve o jornal mas com 17% das intenções de voto ela pode superar a votação dele e se instalar definitivamente no cenário político francês. Para o Libération, não importa se ela terminar em terceiro ou quarto lugar; o resultado de Marine Le Pen pode ser a péssima surpresa das urnas neste domingo.

O L'Humanité prossegue sua campanha escancarada para o candidato de extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon e escreve na capa que o projeto dele é visto por muitos franceses como o único que traz esperança concreta de uma mudança da sociedade. Para o jornal comunista, Mélenchon é o porta-voz de um sistema alternativo e seu programa é baseado em valores como fraternidade e solidariedade.


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