Hollande leva advertência da Comissão Europeia
A crise na zona do euro continua em destaque nas manchetes de hoje. Todos os jornais noticiam que a Comissão Europeia lançou um alerta ao novo presidente francês, François Hollande, dizendo que ele deverá dar mais um arroxo nas contas públicas para manter a meta de reduzir o déficit estrutural a 3% do PIB no ano que vem.
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O Libération afirma que a França está entre os países frágeis da zona do euro. A imprensa é unânime em defender a necessidade de reformas estruturais. A questão é como, com que métodos e quem pagará por mais sacrifícios.
Serão necessários esforços suplementares, escreve Les Echos. O executivo europeu rejeita, implicitamente, um aumento do salário mínimo, o retorno da idade legal da aposentadoria a 60 anos para quem já contribuiu mais de 41 anos ou o fim do reajuste da TVA, todas propostas do candidato François Hollande.
O jornal Libération exalta os 68 relatórios publicados pela Comissão Europeia, uma massa de 1.500 páginas em inglês sobre o estado de saúde das finanças públicas no bloco e embora tenha defendido ardentemente as propostas de François Hollande durante a campanha, o jornal admite que o problema francês é macroeconômico.
Os desequilíbrios estão em toda parte. A balança comercial é deficitária, revelando a falta de competitividade das exportações francesas, enquanto as contribuições que incidem sobre os salários são as mais altas da Europa. Outra distorção que o Libération encontrou nos documentos é que os industriais franceses podem poluir à vontade, pois quase não sofrem pressão para modernizar suas instalações.
O problema é que a esquerda francesa não pretende seguir o caminho indicado pela Comissão Europeia. De que jeito então sair do impasse, questiona o Libé? Para o jornal, a única forma é adotar o federalismo.
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