Agência francesa alerta para riscos do consumo de bebidas energéticas
A agência sanitária da França diz que está investigando cautelosamente duas mortes que teriam sido causadas por crises cardíacas após o consumo de bebidas energéticas. A agência diz que não quer criar alarmismo, mas pretende apurar melhor que tipo de riscos o consumo da bebida pode provocar, sobretudo quando associada ao álcool.
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A Anses, a agência sanitária francesa, investiga se as duas mortes recentemente relatadas têm relação direta com o consumo de energéticos. “Suspeitamos que haja uma relação direta de causa e efeito, mas é preciso ir mais longe [na investigação]”, disse Irène Margaritis, chefe da unidade de riscos ligados à alimentação da Anses. Margaritis pediu que os consumidores e os médicos relatem problemas ligados à ingestão das bebidas. Todas as informações serão úteis na investigação promovida pelo órgão.
Desde 2009, a agência monitora o consumo do produto na França. Entre 2008 e 2012, foram registrados seis casos graves, especialmante duas mortes provocadas por paradas cardíacas. As vítimas haviam ingerido uma mistura de bebida energética com álcool.
A agência já tem uma lista de 30 efeitos colaterais indesejáveis, entre eles problemas renais, psiquátricos, cardíacos e neurológicos. “Conforme a nossa nomenclatura, todos esses efeitos são graves”, diz a especialista da agência. Distúrbios de comportamento, epilepsia e problemas digestivos também foram enumerados.
Além da associação com o álcool, a agência também se preocupa com a ingestão de bebidas energéticas para a prática esportiva. Consumidas juntamente com bebidas alcóolicas, as bebidas energéticas, que possuem alto teor de cafeína, escondem os efeitos do cansaço além de agravarem a desidratação. A agência alerta que muitos consumidores confundem esse tipo de bebidas com isotônicos, esses, sim, adaptados para os atletas.
Segundo o site LSA, o mercado de bebidas energéticas na França está em forte alta. Em termos de volume, houve um crescimento no consumo de 22,2% em 2011 ante 2010, o que representou a venda de 26,4 milhões de litros.
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