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Franceses rejeitam acúmulo de vários mandatos de deputados

A dois dias das eleições legislativas deste domingo, os jornais franceses dedicam suas manchetes à luta das diferentes correntes políticas para aumentar sua presença no parlamento e também da expectativa dos eleitores sobre o papel dos deputados. O católico La Croix publica o resultado de uma pesquisa na qual 78% dos eleitores defendem o fim do acúmulo de mandatos consecutivos, atualmente permitido por lei.

Plenário da Assembleia Nacional francesa.
Plenário da Assembleia Nacional francesa. (cc) Wikimédia/Richard Ying et Tangui Morlier
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A maioria dos franceses não quer que um deputado seja eleito mais do que duas vezes consecutivas. Mas os eleitores se mostram divididos sobre o papel dos parlamentares. Segundo a pesquisa, 52% querem que os deputados focalizem suas ações na defesa das regiões que representam. Outros 47% esperam que os deputados sejam mais ativos nas questões legislativas. Essas divergências podem explicar em parte o desinteresse dos eleitores pelas eleições de domingo, escreve o La Croix.

O Libération investigou o perfil dos candidatos que o partido de extrema-direita Frente Nacional selecionou para as eleições deste domingo e constatou que há uma forte presença de jovens e mulheres. Em editorial, o jornal afirma que além de definir a relação de forças entre direita e esquerda na França, os resultados de domingo vão confirmar se a ascensão da extrema-direita é real como espera a líder do partido populista, Marine Le Pen, que obteve uma votação expressiva como candidata nas últimas eleições presidenciais.

O comunista L'Humanité traz uma entrevista com o responsável pela campanha da Frente de Esquerda, Pierre Laurente. Ele acredita que a extrema-esquerda francesa pode eleger vários candidatos e trabalhar em um projeto de mudança ambiciosa para o país.

Crise na zona do euro

Outros jornais repercutiram em suas manchetes as declarações da alemã Angela Merkel de que a União Europeia deve adotar uma união política. Ao propor uma integração política reforçada para defender o euro e impor restrições ao pacto de crescimento e à emissão dos chamados eurobonds, Merkel ataca o projeto do presidente francês, François Hollande, indica o Le Figaro. "A desconfiança se instalou entre os dois líderes" é o título do jornal conservador.

Para o Les Echos, Merkel promoveu um verdadeiro contra-ataque às ambições de Paris. E acabou o período de isolamento da chanceler alemã, que ganhou força ao fazer um acordo com a oposição de seu país para ratificar o pacto orçamentário europeu. Paris e Berlim devem encarar uma nova fase de negociação sobre a zona do euro, avalia o Les Echos.

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