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Irã/Reino Unido

Rainha Elizabeth II troca aperto de mão histórico com ex-líder do IRA

O encontro entre a Rainha Elizabeth II e Martin McGuinness, ex-chefe do grupo armado IRA (Exército Republicano Irlandês) representa um ponto final do conflito separatista que causou a morte de milhares de pessoas, entre elas, a de Lord Mountbatten, primo da rainha. Guinness lutou durante 30 anos contra o domínio britânico na Irlanda do Norte.

Rainha Elizabeth II da Inglaterra aperta, pela primeira vez, a mão do ex-chefe do IRA, o vice-primeiro-ministro irlandês Martin McGuinness, em Belfast, nesta quarta-feira.
Rainha Elizabeth II da Inglaterra aperta, pela primeira vez, a mão do ex-chefe do IRA, o vice-primeiro-ministro irlandês Martin McGuinness, em Belfast, nesta quarta-feira. REUTERS/Paul Faith/pool
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O encontro histórico aconteceu em um teatro da capital Belfast, nesta quarta-feira, catorze anos depois do IRA ter renunciado à luta armada. Em visita à Irlanda do Norte, por ocasião das festividades do seu Jubileu de Diamante, Elizabeth II, sorridente, cumprimentou Martin McGuinness, atual vice-primeiro-ministro. Foi o primeiro contato da soberana com um representante do IRA e de seu braço político, o Sinn Fein.

Apesar dos protestos de grupos de militantes e vítimas dos atentados do IRA, a reunião  foi apreciada pelo mundo político irlandês.

O aperto de mão seria impensável entre 1968 e 1998, as três décadas em que o católico McGuinness, à frente do IRA, combateu a soberania britânica em Ulster.  Na época, Martin McGuinness era um dos dirigentes do IRA, grupo armado envolvido em diversos atentados que causaram a morte de 3.500 pessoas. O primo da rainha, Lord Montbatten, seu neto adolescente e mais duas pessoas morreram na explosão de um barco, em 1979. Na ocasião, o ato terrorista foi reivindicado pelo grupo armado.

O encontro histórico de hoje representa o fim de uma época e uma mudança de postura do partido nacionalista em relação à monarquia britânica.

Hoje, McGuinness faz parte de um governo regional de coalizão com protestantes monarquistas. Mesmo se ele assume ter tido papel ativo na luta separatista contra o domínio britânico, ele afirma que nunca matou ninguém. Oficialmente, ele deixou o grupo em 1974.

 

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