ONU anuncia fim da missão de observadores na Síria
O Conselho de Segurança anunciou nesta quinta-feira o fim da missão de observadores da ONU na Síria, alegando que as condições para a continuação da missão não estavam sendo respeitadas. Enquanto isso, a Rússia pediu que um novo apelo fosse feito para o fim da violência no país.
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“A constatação geral foi que as condições não estavam sendo respeitadas para que a missão continuasse”, indicou o embaixador da França na ONU, Gérard Araud, após a reunião do Conselho sobre a Síria. “A missão vai terminar no domingo a meia noite”, indicou o à imprensa Edmond Mulet, subsecretário geral para operações de paz.
Araud declarou que existia “uma vontade consensual do Conselho para manter uma presença das Nações Unidas em Damasco”, após o fim da missão, na forma de um escritório de ligação, que deve ser composto por 20 ou 30 pessoas, segundo Mulet. O subsecretário disse que ainda não sabia quem seria o responsável, mas que o governo sírio tinha concordado com seu estabelecimento. Ele acrescentou que o último observador militar da missão deixará a Síria em 24 de agosto.
A Missão de observadores da ONU na Síria (Misnus), contava no começo com 300 membros não armados, mas estes efetivos reduziram progressivamente devido a intensificação dos combates que obrigaram a suspensão das patrulhas em junho. Atualmente conta com 101 membros, segundo Mulet.
O Conselho aprovou uma resolução em julho estipulando que a missão Misnus não poderia ser renovada se a violência não diminuísse. Mas o balanço de mortes não parou de aumentar. Em 17 meses de conflito, mais de 23.000 pessoas morreram nos conflitos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Nesta quinta-feira os bombardeios continuaram.
Rússia
A Rússia, que manifestou sua preferência pela continuação da missão, pediu hoje, após a reunião do Conselho de segurança, que as grandes potências fizessem conjuntamente com a Arábia Saudita e o Irã, um apelo para que o governo sírio e a oposição parassem o conflito no país.
O embaixador russo na ONU, Vitali Tchourkine propôs um encontro do Grupo de ação internacional sobre a Síria, na sexta-feira, em Nova York, para discutir a proposta.
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