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Convenção democrata é oportunidade para Obama reencarnar esperança

O lançamento oficial da campanha do presidente Barack Obama à reeleição é um dos temas que predominam nas manchetes da imprensa francesa desta terça-feira. Com o início da convenção do Partido Democrata, os jornais apontam as dificuldades do presidente e a estratégia que será adotada por Obama para vencer seu rival republicano, Mitt Romney.

A primeira-dama, Michelle Obama, faz campanha para a reeleição de seu marido, Barack Obama,  durante a convenção do Partido Democrata na Carolina do Norte.
A primeira-dama, Michelle Obama, faz campanha para a reeleição de seu marido, Barack Obama, durante a convenção do Partido Democrata na Carolina do Norte. REUTERS/Jim Young
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Para o Libération, a convenção democrata na Carolina do Norte será mais sóbria do que a anterior, em 2008, mas sem deixar de envolver e encantar os partidários. Será a oportunidade de Barack Obama resgatar a mesma magia que o levou à Casa Branca, diz o jornal. Isso porque quatro anos após seduzir os americanos com as promessas de "mudança" e "esperança", o presidente hoje se encontra na defensiva. A estratégia do partido, segundo o Libération, será denunciar as crueldades sociais que os republicanos vão impor aos pobres e à classe média americana.

Essa mesma classe média, diz o jornal Le Figaro, vai votar pensando no seu bolso, já que o cenário econômico não é favorável. Para o jornal, Obama, bastante fragilizado pela situação da economia do país, decidiu travar o combate multiplicando seus ataques à personalidade de seu adversário. Depois do empolgante slogan de 2008, "Yes, we can", "Sim, nós podemos", os Estados Unidos vivem outra realidade, pessimista em relação ao futuro. Com o crescimento fraco e desemprego em alta, a economia será decisiva para o resultado das eleições que, segundo o Le Figaro, será imprevisível.

Quatro anos depois de tomar posse, e com muitas desilusões pelo caminho, Obama vai usar a convenção democrata para explicar o balanço econômico decepcionante de seu governo e tentar ampliar a vantagem que tem sobre Mitt Romney, estima o jornal Les Echos. O exercício será difícil, avalia o jornal principalmente porque seu governo não consegue oferecer trabalho para mais de cinco milhões de americanos, o que mantém a taxa de desemprego em 8% dando munição para os ataques dos republicanos.

Desemprego, só que na França, é o tema principal do jornal católico La Croix que sugere quatro propostas de ação para o governo. O jornal lembra que a primeira reação em tempos de crise é reduzir as horas de trabalho e o salário, com o chamado desemprego parcial. Mas o jornal também considera importante tomar medidas para reduzir os encargos sociais e assim o custo do trabalho, reformar os tipos de contrato para garantir mais segurança ao emprego e, claro, investir no crescimento econômico.
 

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